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Spiegel: 30 gestores envolvidos no escândalo Volkswagen
O balanço poderá não ficar por aqui. A revista alemã, citando fontes ligadas ao processo, diz que existirão mais envolvidos neste caso. O CEO reúne-se com a gestão já esta quinta-feira.
São pelo menos 30 os gestores da Volkswagen envolvidos no escândalo de manipulação de emissões poluentes, que afecta 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo.
A informação é avançada esta quarta-feira, 14 de Outubro, pela revista alemã Spiegel, que cita as investigações levadas a cabo pelo grupo automóvel alemão.
Ao longo das últimas semanas, a Volkswagen tem insistido que esta não foi uma "decisão corporativa", estando um "pequeno número de pessoas" na origem do maior escândalo da sua história.
Agora, segundo a publicação, são "dezenas" os gestores que poderão ser suspensos. O Spiegel vai mais longe e, citando uma fonte próxima do processo, admite que o número de envolvidos poderá ser ainda maior.
A Reuters escreve que Matthias Müller vai reunir-se com a gestão do grupo Volkswagen esta quinta-feira, 15 de Outubro, para apresentar alguns dos resultados das referidas investigações bem como os planos estratégicos para o futuro.
A Volkswagen já anunciou que irá cortar o seu investimento anual em mil milhões de euros bem como redireccionar o seu foco para os veículos eléctricos.
Os desenvolvimentos mais recentes neste caso apontam ainda para a saída de Winfried Vahland do grupo automóvel. Vahland tinha sido nomeado para chefiar o mercado da América do Norte há três semanas, na sequência do escândalo. Até então assumia a liderança da Skoda.
A Reuters explica que Vahland, na altura apontado como potencial sucessor de Martin Winterkorn como CEO, discorda da estratégia que está a ser desenvolvida pela Volkswagen para a América do Norte. Por isso mesmo, sai por vontade própria.
Também esta quarta-feira, 14 de Outubro, a ministro do Ambiente alemã, Barbara Hendricks, veio defender a necessidade de testes de emissões poluentes mais apertados para os carros a gasóleo.