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Passos avisa Costa: PSD não alinha em lutas contra instituições europeias  

Portugal não tem nenhuma razão para receber sanções pelo passado e pelo futuro só o terá se o governo de Costa não cumprir o que prometeu, disse Passos Coelho.

Pedro Passos Coelho: Conseguiu vencer as eleições legislativas, apesar de ter aplicado duras medidas de austeridade. Mas isso não chegou para governar.
06 de Junho de 2016 às 13:38
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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou esta segunda-feira, 6 de Junho, que "não há nenhuma razão" para Portugal ser sancionado pela União Europeia, afirmando ainda que o partido "não alinha em lutas" contra as instituições europeias,  numa referência ao pedido de António Costa que quer ver o parlamento desaprovar eventuais sanções.

 

"Não há nenhuma razão pelo passado para falar em sanções (...). A questão das eventuais sanções a Portugal é uma falsa questão", disse Pedro Passos Coelho, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, distrito do Porto.

Para o líder do PSD, a questão em causa, que diz respeito ao passado, "não tem nada a ver com um discurso que começa a germinar dentro da maioria que apoia este Governo, que é um discurso antieuropeu".

 

"Não contarão connosco com certeza para ser o bode expiatório das medidas que têm de apresentar e aprovar para convencer as entidades europeias de que o propósito do novo Governo, do país, é cumprir com as suas obrigações", sublinhou.

Passos Coelho sustentou que "Portugal não tem nenhuma razão para receber sanções pelo passado e pelo futuro só o terá se [o Governo] não vier a cumprir", o que o partido espera que aconteça.

 

"Cabe ao Governo convencer as instituições europeias de que os propósitos que enunciou, seja para contas públicas seja para o ajustamento estrutural do país, é atingível, é alcançável", disse.

 

Passos Coelho afirmou estar convencido de que se o Governo "não corrigir a trajectória" dificilmente cumprirá as metas do défice para este ano, e criticou o facto de António Costa não referir no congresso do PS uma única palavra sobre o desemprego.

 

"Foram destruídos quase 60 mil empregos [desde que o Governo tomou posse]. A situação social não pode estar a melhorar, portanto. Se há cada vez mais destruição de emprego as coisas não podem estar a correr bem. Espero que o Governo possa arrepiar caminho e ponderar o que se está a passar, que não é fruto do acaso, é uma consequência das decisões que tem vindo a ser tomadas do lado da maioria", frisou.

 

Sobre os consensos que o primeiro-ministro pediu no domingo, o social-democrata destacou que é importante um "largo consenso" relativamente a uma proposta sobre a reforma da Segurança Social, que será debatida no parlamento na quarta-feira.


"Quanto a consensos, apresentámos uma proposta que exige um largo consenso", disse, "não é portanto uma conversa sobre consensos no vazio. Veremos se o governo está empenhado ou não nesse consenso".

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