Notícia
Assunção Cristas responsabiliza António Costa por eventuais sanções a Portugal
O apelo de Costa ao envolvimento dos partidos políticos nesta matéria não passa de uma "habilidade política" e de uma vontade de "atirar areia para os olhos dos portugueses", acusa Cristas.
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A líder do CDS, Assunção Cristas, responsabilizou esta segunda-feira, 6 de Junho, o primeiro-ministro António Costa por eventuais sanções que venham a ser aplicadas a Portugal, devido ao défice excessivo de 2015.
A dirigente centrista, que falava aos jornalistas na cidade da Horta, nos Açores, à margem das jornadas parlamentares do CDS que hoje tiveram início no arquipélago, assegurou, mesmo assim, que o seu partido irá empenhar-se para evitar que essas sanções venham a ser aplicadas.
"Nós não deixaremos de estar neste debate, não deixaremos de estar presentes e mostraremos a nossa visão das coisas", declarou Assunção Cristas, que considera existir uma "unanimidade" em todo o país contra a aplicação de sanções europeias a Portugal.
A líder nacional do CDS entende, no entanto, que o Governo ainda possui as "ferramentas" para evitar sanções, lamentando, porém, que não as tenha querido utilizar até agora.
"Não há dúvida nenhuma de que está nas mãos no primeiro-ministro evitar que o défice para 2015 seja fixado em 3,2% e eu não vi o senhor primeiro-ministro empenhar-se nisso", lamentou Assunção Cristas, que lembrou que António Costa não fez "voz grossa em Bruxelas", nem apresentou qualquer explicação "técnica" ou "política" sobre o assunto.
No seu entender, o apelo do Governo a um eventual envolvimento dos partidos políticos nesta matéria não passa de uma "habilidade política" e de uma vontade de "atirar areia para os olhos dos portugueses".
"Ele é que está a governar, é ele que tem nas suas mãos as ferramentas para evitar as sanções, não são os outros partidos", insistiu a dirigente centrista, acrescentando que "a responsabilidade é dele, é deste Governo e de quem o apoia".
As declarações de Assunção Cristas surgem em reacção às notícias que dão conta de que o Estado português poderá vir a ser sancionado por Bruxelas, por ter ultrapassado a meta do défice fixada para 2015 (3%), essencialmente devido ao custo da resolução do Banif.