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Passos e Cristas deixam guião para consenso contra sanções

Costa defende consenso alargado contra sanções de Bruxelas. PSD e CDS traçam linhas vermelhas ao texto do projecto de resolução que vai testar acordo no Parlamento.

Miguel Baltazar
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Se o Governo quiser um consenso alargado no Parlamento contra as sanções da Comissão Europeia a Portugal terá de seguir duas regras muito claras traçadas pela oposição: Não atribuir culpas ao Executivo anterior e não hostilizar as instituições europeias. Foi este o guião feito por Passos e Cristas, depois de António Costa ter fechado o Congresso do PS a defender uma unanimidade no Parlamento contra as sanções a Portugal por violação da regra do défice excessivo em 2015.

Na Assembleia, o PS está a estudar o texto para entregar um projecto de resolução contra as eventuais sanções. Em 2015, o défice ficou em 3,2% do PIB, descontados os apoios ao sistema financeiro. O Governo anterior tinha-se comprometido com um défice inferior a 3%, o que permitia a saída do Procedimento por Défices Excessivos. Agora Bruxelas pôs em cima da mesa o cenário de sanções a Portugal, uma decisão que será tomada dentro de um mês.

Apesar de existir unanimidade em Portugal, entre os partidos da maioria e da oposição, contra a aplicação de sanções, a forma de o PS testar esse consenso alargado no Parlamento terá de ter a habilidade de não afrontar PSD e CDS.

"Não há nenhuma razão pelo passado para falar em sanções (...). A questão das eventuais sanções a Portugal é uma falsa questão", disse Pedro Passos Coelho esta segunda-feira. Para o líder do PSD esta questão "não tem nada a ver com um discurso que começa a germinar dentro da maioria que apoia este Governo, que é um discurso antieuropeu".

Também Assunção Cristas avisou que Costa não está a fazer "voz grossa em Bruxelas", que ainda nem apresentou qualquer explicação "técnica" ou "política" sobre o assunto. "Ele é que está a governar, é ele que tem nas suas mãos as ferramentas para evitar as sanções", salientou.

Ontem, o ministro francês das Finanças manifestou-se também contra as sanções a Portugal, depois de o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ter dito que a violação do défice por parte de França era aceite porque "é a França". 

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