Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Passos: Ministros apelam lá fora a investimento mas as pessoas sabem que quem manda é PCP e BE

O líder do PSD afirmou que os ministros socialistas "andam lá fora" a apelar ao investimento no país, mas lembrou que "as pessoas lá fora sabem que quem manda" no Governo "é o PCP e o BE".

Pedro Passos Coelho é o 3.º Mais Poderoso 2015
Disse “não” a Ricardo Salgado e desencadeou uma ruptura histórica nos poderes do regime. O GES faliu, o BES ficou como “banco mau” e a PT voltou a ser uma pequena empresa de telecomunicações portuguesa agora nas mãos de franceses. Viu um ex-primeiro-ministro ser preso. E as sondagens apontam para o que nem Passo poderia esperar há um ano – a possibilidade de voltar a sair vencedor nas legislativas. A crise grega revelou contudo que o poder de Passos está sistematicamente ameaçado pelas tempestades do euro.
07 de Junho de 2016 às 00:03
  • 20
  • ...

Num discurso proferido esta segunda-feira, 6 de Junho, em que reiterou "estranhar que o PS adopte como sua agenda aquela que é a agenda do BE e do PCP", Pedro Passos Coelho estabeleceu também paralelismos entre Portugal e a Grécia, e referiu que os ministros falam dentro ou fora do país "conforme as audiências".

 

"Andam os ministros do Governo a dizer lá fora para investirem no nosso país e acham que as pessoas lá fora não sabem que quem manda no Governo é o PCP e o Bloco de Esquerda", disse Pedro Passos Coelho que esta noite participou numa sessão comemorativa do 42.º aniversário do PSD que se realizou em Vila Nova de Gaia.

 

O líder dos social-democratas também desafiou o Governo a dizer se vai ou não nacionalizar o Novo Banco, vincando que a venda do Novo Banco "é muito importante para o sistema financeiro português" porque "se ele não for bem vendido, os outros bancos vão pagar a factura".

 

"Devíamos todos ter interesse em promover um contexto e um clima para que o Novo Banco fosse vendido por um bom valor, mas o que se ouve volta e meia é que o melhor era nacionaliza-lo. E o primeiro-ministro no Parlamento não exclui a hipótese. Não diz que sim, mas também não diz que não", criticou o líder do PSD.

 

Já num período de síntese da sua intervenção, e perante uma sala cheia de militantes do Grande Porto, Passos Coelho disse que "não foi para isto" que o Governo por si liderado "trabalhou tanto", recusando "voltar a um passado que o país não merece".

 

"Não fizemos tudo o que fizemos para que agora umas cigarras venham cá dizer que agora que isso tudo está feito, tudo vai ser uma maravilha se fizermos ao contrário. Fazer ao contrário naquilo que é estrutural atira-nos para o passado", defendeu.

 

Esta noite foi também lançado o repto ao Governo para que "esclareça a Comissão Europeia sobre como é que pretende atingir as metas" com Passos Coelho a exigir que "não venha dizer que vão ser precisas mais medidas gravosas" porque "o PSD deixou isto num caos".

 

Além dos desafios, o líder do PSD deixou uma espécie de conselho a António Costa: "Em vez de o primeiro-ministro português andar a assinar manifestos contra a austeridade com o primeiro-ministro grego, talvez devesse estar reunido com o primeiro-ministro da Irlanda para saber como é que eles conseguiram crescer 7,5% em vez de a Grécia que continua na recessão e no resgate", afirmou.

(notícia actualizada à 01:39)

 

Ver comentários
Saber mais Pedro Passos Coelho PCP BE PS Portugal Grécia Governo PSD política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio