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Partidos não chegam a acordo para texto comum contra sanções europeias

PSD e CDS-PP não chegaram a acordo com a esquerda em torno de um texto comum a condenar a aplicação de eventuais sanções a Portugal pela Comissão Europeia, disse esta quinta-feira fonte social-democrata à agência Lusa.

Miguel Baltazar
09 de Junho de 2016 às 12:07
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Neste cenário, o PSD e o CDS-PP vão apresentar um voto próprio sobre sanções, que será votado e discutido em alternativa ao dos partidos da esquerda parlamentar, PS, Bloco de Esquerda, Os Verdes e PAN (Pessoas Animais e Natureza).


De acordo com a mesma fonte social-democrata, o desacordo com a esquerda incidiu na ideia preconizada pelo PSD e CDS-PP de que a aplicação de eventuais sanções a Portugal "é infundada", sobretudo face "aos resultados alcançados pelo país em matéria de consolidação nominal e estrutural" ao longo dos últimos anos.


O novo texto comum a sociais-democratas e democratas-cristãos, a que a agência Lusa teve acesso, defende que "a mera possibilidade de impor sanções ao país, para além de inédito ao nível da aplicação do Pacto de Estabilidade e Crescimento, afigura-se infundada, injusta, incompreensível e contraproducente".


No voto proposto por PS, Bloco de Esquerda, PCP, Os Verdes e PAN constam as expressões "injusta, incompreensível e contraproducente", mas não a ideia de que as sanções são "infundadas".


Para PSD e CDS-PP, a aplicação de sanções é "infundada e injusta face aos esforços e resultados de consolidação nominal e estrutural alcançados pelo país e à grave crise económica e social que afectou Portugal".


Ainda de acordo com as bancadas da anterior maioria, as sanções seriam "incompreensíveis, porque representariam um tratamento discriminatório de Portugal face a outros Estados-membros".


"E contraproducente face aos desafios que se colocam para a recuperação económica de Portugal", refere-se ainda no mesmo documento.


PSD e CDS-PP sustentam que a aplicação de sanções, "que deteriora as relações entre instituições europeias e Estados soberanos, teria um efeito económico, orçamental e reputacional muito negativo na economia, no investimento, no emprego e, portanto, nas próprias finanças públicas de Portugal".

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