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Qual a diferença entre as propostas da Altice, Apax/Bain e Isabel dos Santos?

Dois fundos de investimento juntaram-se para fazerem uma oferta à Oi pelos activos em Portugal. Apax e Bain entram na corrida pela PT Portugal. Veja em que diferem as propostas em cima da mesa.

Pedro Elias/Negócios
12 de Novembro de 2014 às 08:55
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A Altice deu o primeiro passo e avançou com uma proposta de 7.025 milhões de euros pelos activos portugueses da Oi. O mesmo é dizer que a empresa francesa se propõe pagar esse valor pela operação da Meo em Portugal, deixando de fora os activos africanos que estão integrados na PT Portugal. A Altice avançou com uma proposta de 7.025 milhões de euros sem dívida da PT Portugal, sem África e sem os títulos de dívida da Rioforte que ainda estão na PT Portugal, mas que vão voltar a entrar no balanço da PT SGPS.

 

Esse valor de 7.025 milhões de euros tem 800 milhões de euros de pagamento diferido, consoante a obtenção de objectivos. 400 milhões serão pagos por uma meta de receitas e outros 400 milhões pela geração de "free cash flow".

 

Esta terça-feira, 11 de Novembro, a Oi recebeu nova proposta. Desta feita da Apax e Bain, que, juntos, propõem pagar 7.075 milhões de euros, mais 50 milhões de euros que a Altice, mas nos mesmos termos. Sem dívida, só pelos activos portugueses e sem os títulos da Rioforte. Têm também um pagamento diferido de 800 milhões de euros, sendo 400 milhões por metas de receitas e outros 400 milhões por objectivos ao nível do EBITDA.

 

A Oi, nesta fase, só tem estas duas propostas em cima da mesa pela PT Portugal. Em paralelo, Isabel dos Santos lançou uma OPA (oferta pública de aquisição) sobre a PT SGPS que detém uma participação directa e indirecta na Oi de cerca de 39%, mas que não tem directamente a PT Portugal. Ainda assim, uma das condições de Isabel dos Santos para o lançamento da OPA sobre a PT SGPS é a de que a Oi não venda qualquer activo relevante. O mesmo é dizer não venda a PT Portugal.

 

Mas Isabel dos Santos não fez a proposta directa de compra dos activos portugueses da Oi. Mas ao comprar a PT SGPS ficaria com uma posição relevante na operadora brasileira, o que lhe daria uma voz activa na definição do futuro da PT Portugal.

 

A PT Portugal foi, recorde-se, integrada na Oi em Maio deste ano, através de um aumento de capital por entrega de activos. A partir dessa data, a Oi ficou dona da operação portuguesa de telecomunicações que está no mercado com a marca Meo. A partir desse momento a PT SGPS ficou, apenas, com uma posição na Oi, directa e indirecta de 39%, e com um acordo de combinação de negócios com a empresa brasileira, já aprovado pelos accionistas da PT SGPS, que vai, no futuro, implicar que a SGPS fique apenas com títulos de dívida da Rioforte no valor de 900 milhões de euros e com uma opção de compra sobre 11,4% da futura Oi. Além disso, a PT SGPS ficará com uma posição na Oi de 25,6%, cujas acções estavam previstas serem entregues aos accionistas da SGPS que ficaram, assim, com uma posição directa na Oi.

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