O presidente executivo da Oi, Bayard Gontijo, garantiu em conferência com analistas que tem em cima da mesa duas propostas "interessantes" para a PT Portugal, mas acrescentou: "podem melhorar".

Questionado sobre se tinha preferência - ou simpatia - por uma das propostas, Bayard Gontijo diz que a única simpatia "é gerar valor para o accionista, é maximizar o valor". Foi essa maximização de valor que referiu várias vezes estar subjacente à venda de activos, como os portugueses.

E deixou o compromisso se esses activos forem vendidos o dinheiro será utilizado no processo de consolidação no Brasil, ou na redução do endividamento da Oi.

Tal como o Negócios escreveu, numa outra conferência com analistas este executivo assumiu não ter constrangimentos no tempo que vai levar a venda dos activos.

Também aos analistas garantiu não ter qualquer proposta para a compra dos activos africanos. "Não recebemos proposta pela Africatel", mas é um processo de venda que vai decorrer formalmente. Gontijo não quis comentar a pretensão da Unitel de comprar a participação que está agora na Oi, de 25%, pelo valor patrimonial. 

Ainda sobre a PT Portugal, Gontijo afirmou "não conseguir ver - essa é a opinião da Oi - qualquer tipo de risco regulatório envolvendo a operação da PT Portugal com os dois pretendentes".

A primeira proposta foi apresentada pela Altice, com os franceses a oferecerem 7.025 milhões de euros pelos activos da Oi em Portugal. Esta proposta já encontrou concorrente, com os fundos da Apax e da Bain a avançarem com uma contra-proposta no valor de 7.075 milhões de euros. Em ambos os casos, as empresas fazem depender 800 milhões de euros de algumas metas que terão de ser atingidos pela PT Portugal, nomeadamente em termos de receitas.