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CEO da TIM diz que não há acordo com a Oi e que a ideia de dividir a empresa é "absurda"

Rodrigo Abreu revelou que a TIM, detida em mais de 60% pela Telecom Italia, tem estado a analisar a Oi e a olhar para os dados da empresa detida em 40% pela PT SGPS.

Bloomberg
12 de Novembro de 2014 às 15:54
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Não há até agora nenhum acordo de compra ou de fusão entre a Oi e a TIM. A revelação foi feita pelo presidente executivo da TIM esta quarta-feira, 12 de Novembro, durante um evento com investidores em Londres.

 

Ao mesmo tempo, Rodrigo de Abreu criticou a ideia de dividir a TIM entre a Oi, Claro e Vivo e considera que é "absurdo" pensar num plano para dividir a empresa, disse, citado pela Bloomberg. E avisou que a TIM está preparada para agir perante a consolidação do mercado brasileiro.

 

Têm sido avançadas várias notícias que apontam para a divisão da TIM. O negócio poderia ficar fechado por um valor de 31,5 mil milhões de reais, conforme avançou o Folha de São Paulo no final de Outubro. A empresa ficaria dividida da seguinte forma: A Claro (da mexicana América Móvil) ficaria com 40%, a Vivo (da Telefónica) com 32% e a Oi com 28%, avançou o jornal.

 

A segunda maior operadora móvel do país, detida em mais de 60% pela Telecom Italia, tem estado a analisar a Oi e a olhar para os dados da empresa detida em 39% pela PT SGPS, garantiu o executivo.

 

O mercado brasileiro de telecomunicações está em movimentação e deverá entrar na fase de consolidação muito em breve. Nos bastidores está tudo em movimento. A Oi tem estado em contacto com a operadora Claro detida pelos mexicanos da América Móvil, anunciou a empresa no final de Outubro.

 

O objectivo é encontrar o financiamento necessário para "propiciar uma participação da companhia como protagonista na consolidação do sector de telecomunicações no Brasil", isto é, avançar para a compra da TIM.

 

Durante o evento, Rodrigo Abreu deixou, contudo, um alerta: qualquer movimento no mercado brasileiro de telecomunicações vai ser acompanhado de perto pelos reguladores brasileiros, a CVM (polícia de bolsa) e o Cade (a autoridade da concorrência).

 

A administração da Telecom Italia deverá reunir-se na próxima semana para discutir a consolidação no Brasil. Com o objectivo de reduzir o seu endividamento e conseguir dinheiro para investimentos, a empresa vai vender as suas torres de rede móvel no país. A venda da participação na TIM pode seguir-se, mas o Brasil é uma importante fonte de rendimento, sendo responsável por um terço das receitas da operadora italiana.

 

A Oi considera que a venda da PT Portugal - a dona da Meo - é estratégica. O dinheiro obtido com este negócio vai dar à terceira maior operadora brasileira o poder de fogo necessário para avançar para a compra da TIM ou para uma possível fusão. 

 

A operadora brasileira já recebeu duas propostas de compra pela PT Portugal por valores acima dos sete mil milhões de euros: uma do fundo Altice e outra conjunta dos fundos Apax e Bain.

 

Mas Isabel dos Santos veio intrometer-se na disputa pelos activos portugueses. Lançou uma OPA à PT SGPS - dona de 39% da Oi - por 1,2 mil milhões de euros. A proposta foi recusada pela Oi, mas a empresária angolana prometeu fazer "tudo" para a operação se concretizar.

 

Se o negócio avançar, a PT Portugal, assim como 25% da operadora móvel angolana Unitel, pode continuar nas mãos da Oi. Enquanto isso, Isabel dos Santos chega ao Brasil, o que deverá alterar o xadrez do mercado de telecomunicações brasileiro.

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