A PT SGPS está a subir 0,98% para 1,44 euros. Esta é a terceira sessão consecutiva de ganhos da empresa liderada por Mello Franco, período em que acumula uma subida de 18,3%. A PT segue assim no valor mais elevado desde 9 de Outubro, dia em que os títulos reflectiram a saída de Zeinal Bava da Oi, cujo anúncio ocorreu no dia anterior. No dia 9 do mês passado as acções afundaram quase 13%, eliminando assim 21 cêntimos do valor por acção.

A subida recente está relacionada com a oferta pública de aquisição (OPA) lançada por Isabel dos Santos, através da Terra Peregrin. A empresária angolana anunciou a oferta no domingo, 9 de Novembro, oferecendo 1,35 euros por acção, ou 1,21 mil milhões de euros. As acções estão assim nove cêntimos acima da contrapartida oferecida.

Os investidores reagiram ao anúncio e fizeram disparar as acções para um valor superior à contrapartida oferecida. Logo na segunda-feira, as acções fecharam a valer 1,361 euros, o que sugere que os accionistas não acreditam que a contrapartida oferecida por Isabel dos Santos fique por aqui.

Os analistas também consideraram "baixa" a oferta da empresária angolana, duvidando do sucesso desta operação.

A esta oferta pela PT SGPS, empresa que detém 39% do capital da brasileira Oi, juntam-se propostas pela PT Portugal, empresa que é detida pela Oi e que detém os activos em Portugal.

Esta manhã foi conhecida a oferta da APAX e da Bain pela PT Portugal. Estes fundos de investimento oferecem à Oi 7.075 milhões de euros pelos activos em Portugal, um valor que supera em 50 milhões de euros a proposta apresentada pelos franceses da Altice.

A guerra pelos activos em Portugal está assim a contribuir para a subida das acções da PT SGPS, que beneficiará indirectamente desta alienação uma vez que é dona de parte do capital da Oi.