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Accionistas brasileiros da Oi preferem proposta da Altice
Investidores brasileiros preferem vender a PT Portugal à Altice do que a PT SGPS a Isabel dos Santos, avança o jornal Valor Económico. Representantes dos accionistas brasileiros da Oi estão actualmente em Lisboa para analisar as propostas de compra.
Negócios
11 de Novembro de 2014 às 13:46
Os accionistas brasileiros da Oi consideram que a proposta da Altice pela PT Portugal é a mais forte. E preferem vender somente os activos portugueses da Oi à empresa francesa, do que vender a PT SGPS a Isabel dos Santos.
A notícia é avançada pelo jornal brasileiro Valor Económico esta terça-feira, 11 de Novembro, que não cita fontes. Representantes destes accionistas estão actualmente em Lisboa para analisar as propostas de compra.
A empresa francesa ofereceu sete mil milhões de euros pela PT Portugal – a dona da Meo -, enquanto a Terra Peregrin da empresária angolana ofereceu 1,2 mil milhões de euros pela PT SGPS – que detém 39% da Oi.
Apesar da Valor Económico não mencionar quem são accionistas que preferem a oferta da Altice, a Oi conta com o banco BNDES e a BTG Pactual, assim como o grupo Andrade Gutierrez, entre os seus principais investidores. A sua preferência vai assim para vender somente a PT Portugal e o negócio pode ficar concluído no curto prazo, escreve o jornal.
Com estes sete mil milhões de euros na mão, a Oi vai ficar com capacidade para avançar para a compra da operadora Tim Brasil em conjunto com a Claro e a Vivo, para depois dividirem a companhia em três, adianta a mesma publicação.
A empresária angolana lançou no domingo, 9 de Novembro, uma OPA sobre a PT SGPS, com um prémio de 11% face ao valor de fecho de sexta-feira, 9 de Novembro: 1,35 euros.
Com esta operação, Isabel dos Santos ficaria com um pé no mercado de telecomunicações brasileiro, ao ficar com 39% da actual Oi e 25,6% da futura empresa que nascer da fusão entre a Oi e a PT.
A Oi foi rápida a reagir à proposta de compra e disse na segunda-feira, 10 de Novembro, que não está disposta a alterar os termos da fusão, conforme pretende a empresária. Face a esta recusa, Isabel dos Santos admitiu hoje que está disposta a retirar as condições e garante que continua de pé e cal no negócio. "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para o concretizar", disse o seu porta-voz ao Negócios.
A PT SGPS está a ganhar 4,85% para 1,427 euros na bolsa de Lisboa, acima da contrapartida de 1,35 euros oferecida por Isabel dos Santos, enquanto a Oi sobe 5,47% para 1,35 reais em São Paulo.
