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Subida dos juros da dívida iça "red flags" em Wall Street. Mas Dow e S&P 500 mantêm-se à tona

As principais bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno misto, a mudarem a tendência perto do fecho, devido sobretudo ao aumento das "yields" das obrigações a 10 anos.

Após mais de um ano de mercado altista, os “ursos” derrotaram os “touros” de Wall Street. Por todo o mundo, o vermelho dominou as bolsas.
Brendan McDermid/Reuters
13 de Novembro de 2024 às 21:11
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As bolsas norte-americanas fecharam em terreno misto na sessão desta quarta-feira. Precisamente quando os operadores estavam a aplaudir um regresso às subidas, depois da queda de ontem, a tendência inverteu na reta final da sessão, com os índices a serem negativamente pressionados pela subida dos juros da dívida soberana. 

Ainda assim, o S&P 500 conseguiu recuperar o fôlego e manter-se à tona, e o Dow cambaleou mas não chegou a cair e também encerrou no verde. Ainda assim, entre subidas e descidas, as variações foram pouco expressivas nos três principais índices.

 

O índice industrial Dow Jones fechou a ganhar 0,11%, para 43.958,19 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 registou uma subida marginal de 0,02% para 5.985,38 pontos. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,26% para se fixar nos 19,230,74 pontos.

 

Wall Street estava a ser sustentada pelos dados da inflação, depois de ter sido revelado que o índice de preços no consumidor (IPC) subiu em linha com o esperado no mês de outubro, o que deu mais força à ideia de que a Reserva Federal irá cortar os juros diretores também em dezembro.

 

O IPC aumentou 0,2% em outubro, pelo quarto mês consecutivo, e avançou 2,6% numa base anual. Excluindo as componentes mais voláteis (alimentos e energia), o incremento foi de 0,3% e ficou em linha com as projeções dos economistas, o que agradou ao mercado.

 

Já a contar com um novo corte de juros pela Fed, os juros das Obrigações do Tesouro – e com mais expressão no vencimento a dois anos – caíram assim que se soube dos números da inflação. No entanto, as yields da dívida a 10 anos, que é a referência, recuperaram o terreno perdido após esses dados e terminaram o dia nos 4,45%, com os investidores a focarem-se na convicção de que as políticas de Donald Trump irão alimentar a inflação. Assim, a subida das rendibilidades das OT acabou por trazer um sinal vermelho a Wall Street mesmo em cima da hora de fecho.

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