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Jerome Powell "sem pressa" para cortar os juros nos EUA

A economia norte-americana está "notavelmente boa", pelo que para já não há pressa no ritmo de reduções da taxa dos fundos federais. O banco central já começou este ciclo de cortes.

Kevin Mohatt / Reuters
14 de Novembro de 2024 às 20:19
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A economia dos EUA mostra resiliência suficiente para a Reserva Federal (Fed) norte-americana não ter de acelerar o ciclo (já iniciado) de cortes dos juros diretores. A garantia foi dada esta quinta-feira pelo presidente do banco central, Jerome Powell.

"A economia não dá qualquer sinal de que seja preciso pressa para reduzir as taxas de juro", sublinhou o presidente da Fed durante uma intervenção proferida em Dallas. "A força da economia a que estamos a assitir neste momento dá-nos a capacidade de tomar com cuidado as nossas decisões", acrescentou.

As declarações de Powell são proferidas uma semana depois de a Fed ter decidido, pela segunda vez este ano, cortar a taxa dos fundos federais. A redução foi de 25 pontos base para um intervalo entre 4,50% e 4,75%.

Depois de ter iniciado a 18 de setembro o ciclo de descida dos juros diretores – mas com um corte jumbo, de 50 pontos base –, o banco central manteve assim a trajetória esperada para a taxa de referência, estando agora prevista uma nova redução de 25 pontos base na reunião de dezembro.

Recorde-se que, para 2025, o "dot plot" – mapa trimestral que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores – apresentado em setembro apontava para que os juros diretores batessem nos 3,4%, numa visão mais otimista do que a apresentada no início do verão (3,4%). Em 2026, a autoridade monetária estimava que a taxa dos fundos federais tocasse nos 2,9%, abaixo dos 3,1% previstos em junho.

A próxima reunião da Fed está marcada para os dias 17 e 18 de dezembro e inclui a divulgação de novas projeções económicas e do "dot plot".

O banco central tomará a sua decisão com base "nos dados que forem sendo recebidos", como já asssegurou em outras reuniões, incluindo a inflação - que, em outubro subiu de 2,4% para 2,6% (foi o primeiro aumento desde março), ligeiramente acima da meta de 2% do banco central.

O mercado de "swaps" aponta para uma probabilidade de 46,5% de que a autoridade monetária decida, em dezembro, mais uma redução dos juros. Já os investidores em futuros elevam a fasquia para uma probabilidade de 62,4%.

(Notícia atualizada às 20:37 horas).

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