PREJUÍZOS DE 2016

A Caixa Geral de Depósitos teve prejuízos de 1.859 milhões de euros em 2016, penalizada sobretudo pela constituição de imparidades para créditos e outros activos de 3.000 milhões de euros. Na sua sequência, veio a capitalização pública de 2,5 mil milhões de euros. Os créditos passados pesam nas contas e, sobre eles, os partidos têm feito já várias questões. O PSD, que fez o requerimento, quer perceber o motivo pelo qual há uma alteração de critérios na avaliação das imparidades entre a gestão de José de Matos e o plano negociado por António Domingues e executado por Paulo Macedo. Na sua audição, o presidente do banco público defendeu que a Caixa tem riscos e que a necessidade de capitalização não adveio apenas das imparidades.

A REESTRUTURAÇÃO

A capitalização pressupõe que o banco público volte a apresentar lucros. Para isso está em curso um plano de reestruturação, que foi negociado com a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia. O fecho de 25% dos balcões até 2020 é uma das medidas polémicas que o banco está a implementar e que tem levado a inúmeras perguntas feitas pelos vários partidos. Na sua audição, Macedo desdramatizou, acrescentando que a instituição está à procura de alternativas para compensar esses encerramentos, dando como exemplo a carrinha móvel. Sobre a reestruturação, tema levado à Comissão de Orçamento e Finanças pelo BE, o plano de saída de trabalhadores - Macedo prometeu o primeiro para o final de Abril - é outra das questões. Como manter o serviço público tendo em conta a nova realidade tem sido a dúvida central dos partidos.