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Auditoria à gestão da Caixa adjudicada à EY
O facto de não ter sido auditora da CGD levou à escolha da EY. Será feita em 15 semanas, pelo que só no Verão estará pronta. A análise abrange período entre 2000 e 2015.
A auditoria à gestão da Caixa Geral de Depósitos entre 2000 e 2015 vai ser feita pela EY, anteriormente denominada Ernst & Young.
"Essa auditoria já foi decidida e está adjudicada a uma empresa de auditoria, mais precisamente a EY", revelou o ministro das Finanças na audição desta quarta-feira, 26 de Abril, na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
Segundo Mário Centeno, a "escolha da auditora foi feita com base em critérios variados, mas em particular a escolha de uma auditora que não tenha estado associada à CGD", nomeadamente ter sido auditora desde 2000. Neste momento, a Caixa tem como auditora a Deloitte mas tem de mudar de fornecedor destes serviços, segundo as novas regras de regulação deste mercado.
O governante não explicou se houve algum concurso ou se a entrega foi feita por ajuste directo, nem indicou qual o preço a pagar por esta auditoria.
Três áreas de análise
"Prevê-se que a auditoria decorra no espaço de 15 semanas", anunciou o governante. Iniciando-se neste momento, só no Verão deverá haver conclusões sobre esta averiguação.
Só nessa altura é que se decidirão eventuais consequências: os resultados serão endereçados às autoridades de supervisão, "que farão o que entenderem".
A auditoria que a EY vai fazer irá incidir em "três áreas principais de análise: concessão de créditos, aquisição e alienação de activos e decisões estratégicas e negócio". A análise será feita entre 2000 e 2015, apanhando as administrações de António de Sousa, Vítor Martins, Carlos Santos Ferreira, Fernando Faria de Oliveira e José de Matos.
O Governo anunciou em Junho do ano passado esta auditoria mas esteve quase um ano à espera de ser implementada. A averiguação foi remetida para após a conclusão da capitalização, que se atrasou e só ficou concluída em Março passado.
Desde o anúncio que o ministro das Finanças não tem respondido às questões feitas sobre o tema das auditorias. O Negócios noticiou esta quarta-feira que o Banco de Portugal se afastou de diligências tomadas sobre esta auditoria, por estar fora das suas competências.