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EY informa CGD de que acaba auditoria à gestão ainda este ano
Era suposto passar 15 semanas a olhar para 15 anos de vida da Caixa Geral de Depósitos, mas o tempo não chegou para a EY. Agora, há um novo prazo para a entrega da auditoria ao banco: até ao final do ano.
Não é preciso apenas informação de clientes. É necessário saber quais foram as decisões tomadas e quais as estruturas existentes a cada momento. Isto num período que vai de 2000 a 2015.
É esta a justificação dada por Paulo Macedo para que a auditoria pedida pelo Governo à EY, relativamente ao banco público, ainda não tenha sido apresentada, apesar de, como o Negócios já deu conta, a mesma já ter passado a data-limite inicialmente estabelecida.
Ainda que ressalvando que a CGD não interfere na auditoria, o líder do banco respondeu que a antiga Ernst & Young espera concluir a auditoria "antes do final do ano".
Inicialmente, a ideia era a auditoria percorresse 15 anos em apenas 15 semanas. Foi no ano passado que o gabinete de Mário Centeno anunciou a vontade de realizar uma auditoria externa aos actos de gestão da CGD. Só que apenas após a capitalização, concluída em 2017, é que avançou para a contratação da auditora: aconteceu em Abril passado.
Foi dado um prazo de 15 semanas para analisar as actuações das administrações de António de Sousa, Mira Amaral, Vítor Martins, Carlos Santos Ferreira, Fernando Faria de Oliveira e José de Matos (excluindo-se António Domingues e Paulo Macedo). Só que em Setembro já o prazo estava terminado, ainda que a CGD explicasse que apenas em Julho tinham começado, efectivamente, os trabalhos. Agora, mesmo contando as 15 semanas a partir de Julho, a data-limite encontra-se esgotada.
Foi na conferência de apresentação de resultados que Paulo Macedo explicou, então, que a EY informou já que espera que as conclusões sejam conhecidas ainda este ano.