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Centeno critica gestão de José de Matos
O ministro das Finanças admite que possam ter existido erros de gestão na Caixa Geral de Depósitos. Aliás, Centeno tem críticas a fazer à presidência executiva de José de Matos, entre 2011 e 2016.
Mário Centeno tem insistido nas críticas ao Governo de Passos Coelho mas esta quarta-feira, 26 de Abril, deixou também farpas à gestão de José de Matos, presidente do banco público entre 2011 e 2015.
"Os resultados de 2016 [1.859 milhões de prejuízos] reflectem um conjunto de operações que foram reconhecidas pela CGD e que resultam de um conjunto de decisões e que, por variadíssimos motivos, resultaram em perdas potenciais estimadas neste momento para a Caixa", declarou Mário Centeno, referindo-se aos 3.000 milhões de euros de imparidades reconhecidas no ano passado.
E é aqui que o ministro das Finanças admitiu, perante os deputados na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, que "também houve, com certeza, más decisões da gestão da CGD".
"Resta dizer que a anterior administração nomeada pelo anterior Governo não conseguiu colocar na sua estrutura de funcionamento um plano de mitigação de riscos, de análise de risco que conseguisse convencer os supervisores", atirou Mário Centeno esta quarta-feira, 26 de Abril.
A crítica à gestão de José de Matos, que foi presidente executivo nomeado por Vítor Gaspar e afastado por Centeno, é feita no mesmo dia em que o governante anunciou estar adjudicada à EY uma auditoria à gestão da CGD entre 2000 e 2015.
Centeno atacou a gestão de José de Matos mas criticando fortemente o anterior Governo: "Deixou a administração da Caixa sem plano, sem uma estrutura de governação adequada, sem estratégia e sem capital. Não há nenhum banco que consiga ter resultados neste contexto".