Notícia
Montenegro usa várias contas à ordem para pagar apartamento
Correio da Manhã diz que na compra a pronto do apartamento de 401 mil euros em Lisboa, o primeiro-ministro usou contas de valor inferior a 41 mil euros, que por terem esse valor não estava obrigado a declarar à Entidade para a Transparência (EpT).
O primeiro-ministro usou o dinheiro depositado em várias contas com valor inferior a 41 mil euros para pagar a pronto o apartamento em Lisboa no valor de cerca de 401 mil euros. A notícia é avançada pelo Correio da Manhã, que cita uma fonte próxima do primeiro-ministro que reitera que o valor vem de "fundos provenientes do trabalho de familiares".
No sábado, o Correio da Manhã noticiou que a família de Montenegro pagou a pronto 715 mil euros na compra de duas casas em Lisboa, uma delas em novembro, de 401 mil euros, explicando que a declaração de rendimentos enviada pelo primeiro-ministro à Entidade para a Transparência não permitia apurar a origem de 226 mil euros.
Esta segunda-feira o jornal diz que embora afirme não é possível verificar os valores em concreto, fonte próxima do primeiro-ministro diz que "entre os 200 mil euros da conta caucionada [no BCP], o resgate de algumas aplicações financeiras e depósitos de contas familiares" se explica a origem do dinheiro.
O jornal diz que como cada uma das contas tinha um saldo inferior a 41 mil euros (50 salários mínimos), o primeiro-ministro não estava obrigado a declará-las à Entidade para a Transparência, sendo a utilização destas verbas a explicação apontada.