A Eurofin terá servido para criar e implementar alegados esquemas de financiamento fraudulento de diversas sociedades do GES com o objectivo de ocultar o passivo das holdings do grupo, noticia o Observador.

Os indícios recolhidos pelo Ministério Público apontam para que os clientes do BES tenham sido enganados num total de 10 mil milhões de euros, tendo comprado títulos de dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (GES), quando lhes era prometido produtos financeiros de rentabilidade garantida, como depósitos a prazo.

A notícia está a ser avançada pelo Observador, que dá conta que no centro do inquérito da Eurofin estão suspeitas da prática do crime de abuso de confiança uma vez que existem indícios de que o BES e os seus clientes terão sido enganados e instrumentalizados para financiar ilicitamente o GES em 10 mil milhões de euros.

 
O envolvimento da sociedade suíça no esquema de financiamento ilegal das empresas do GES não é novo, sendo que até agora nãoera conhecido o montante envolvido, que segundo o jornal o Ministério Público calcula em 10 mil milhões de euros.

Este esquema, realizado através da companhia suíça Eurofin e com a alegada participação de altos quadros do GES e do BES, terá sido prática no BES entre Janeiro de 2011 e Abril de 2014, sendo que o Ministério Público  suspeita que estas transações serviram igualmente para camuflar operações de reporte ou acordos de recompra com ganhos fiscais alegadamente ilícitos.

Segundo o Observador, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) investiga ainda indícios de fraude fiscal e de branqueamento de capitais.