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Salgado: Eurofin é uma empresa com vida para lá do BES
O BES chegou ao fim, as sociedades do ramo não financeiro faliram e a Eurofin, apesar de ter despedido pessoas, mantém-se. Foi este o argumento utilizado por Ricardo Salgado para distinguir aquela sociedade do banco e do grupo.
A Eurofin passou a estar nas notícias por ter sido utilizada como intermediário nas operações em que o banco emitiu obrigações com perdas – e que foi utilizado para saldar dívidas do ramo não financeiro do GES. Ricardo Salgado falou pouco sobre esta sociedade. Mas garantiu que não é nem do banco nem dele está dependente.
"Foi uma empresa que nasceu através de um colaborador do GES que se emancipou, que diversificou a sua actividade", esclareceu Ricardo Salgado.
"Uma das coisas que tenho visto é querer confundir Eurofin com o BES e o GES". E, para o ex-banqueiro, este vai para além disso: a sociedade suíça era corretora, gestora de activos, sociedade de aconselhamento e tinha também valências no termalismo e na hotelaria, acrescentou.
Daí que a empresa sobreviva mesmo depois do fim do BES e das sociedades do ramo não financeira. "Sobrevive, certamente com dificuldades. Com um conjunto de actividades diversificadas, é capaz de manter a sua vida", explicou, adiantando que, apesar disso, a Eurofin teve de despedir trabalhadores. "Teve, com certeza, de reduzir o número de colaboradores. Continua com a sua independência".
De qualquer forma, Salgado admite que a Eurofin "trabalhou de perto com a área financeira do banco". Tal como tinha dito na sua intervenção inicial, o ex-presidente do BES ressalvou que as operações intermediadas pela Eurofin "foram integralmente para eliminar e neutralizar os riscos que os clientes tinham com obrigações do GES".