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Digi responde à Nos: "O que apresentamos hoje mostra se há opacidade ou não"

O administrador da Digi diz que prefere não comentar declarações de concorrentes , mas defende que "dá para ver pelo que apresentamos hoje se há opacidade ou não".

Tiago Sousa Dias
04 de Novembro de 2024 às 18:55
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A Digi prefere não fazer comentários diretos às declarações do CEO da Nos sobre a "opacidade" da empresa. Questionado pelas declarações de Miguel Almeida ao Jornal de Negócios, Valentin Popoviciu respondeu que prefere "não comentar o que os concorrentes dizem sobre nós". Porém, logo de seguida o administrador da operadora romena acrescentou que para a Digi "o que interessa é o que fazemos pelos consumidores" e "dá para ver pelo que apresentamos hoje se há opacidade ou não", atirou.

A operadora romena apresentou esta segunda-feira a sua oferta comercial para Portugal que vai ter  preços "fixos e transparentes" sem serem "baseados em promoções". E as suas ofertas não vão ter períodos de fidelização,  apenas o tarifário para internet de banda larga terá um período mínimo de três meses.

Durante a apresentação, a empresa detalhou que vai ter ofertas do segmento móvel a partir de 5 euros até 7 euros. E os clientes vão poder fazer os pacotes à sua maneira, não tendo obrigatoriedade de ter telefone fixo.

Os preços vão variar dependendo do pacote construído pelo consumidor mas pode ir desde os 26 euros com 1GB de fibra, mais 50GB de dados móveis e oferta de televisão com mais 60 canais, na prática os que estavam disponíveis na Nowo. No caso de associar dois números móveis com dados e chamadas ilimitadas sobe para 60 canais.

No entanto, a oferta de televisão paga não vai ter canais de desporto, como a SportTV e Dazn (ex-Eleven Sport), pelo menos para já. Segundo o responsável,  estão a ter "dificuldades" devido a negociações que dizem ser "inflexíveis". 

No entanto, a rede da operadora não terá cobertura a 100%. A atual cobertura é de 93% nas tecnologias 2G e 4G e 40% de 5G. No último caso, estão só presentes nas áreas úrbanas.

Um dos motivos para a cobertura ainda não ser 100% prende-se com o facto de estarem "há um ano à espera de autorização" do metro de Lisboa para instalar as suas infraestruturas,  segundo Valentin Popoviciu. Também há munícipios onde ainda não conseguiram instalar rede pelos mesmos motivos. 

No mesmo encontro, o gestor assegurou que estão em Portugal "para ficar". "É um investimento duradouro", reforçou, apontando que já investiram mais de 400 milhões de euros - valor que inclui os 150 milhões da compra da Nowo - e criaram mais de 800 empregos.

A entrada da Digi em Portugal, três anos após ter adquirido licenças 5G, tinha de ser concretizada até ao final de novembro de acordo com as regras do leilão.

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