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Minuto a minuto: Ricardo Salgado: "Foi um erro a destruição do BES”

A audição de Ricardo Salgado demorou cerca de oito horas. Houve assuntos "proibidos" por estarem em segredo de justiça. Ricardo Salgado garante que quer defender a honra e dignidade da família.

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19h15 - "É isto". Foi assim que Ricardo Salgado terminou a audição de cerca de nove horas. Fernando Negrão cumprimentou o ex-presidente do BES "pelo contributo para os nossos trabalhos". E deu cinco minutos aos deputados para voltarem a reunir e ouvir José Maria Ricciardi.

 

19h03 - O complemento financeiro pelo acordo entre GES e Pedro Queiroz Pereira e a sua irmã "acabou por não ser executado. Senhor Pedro Queiroz Pereira obviamente acabou por não desempbolsar nada e o GES também não desembolsou nada, porque acabou por não poder desembolsar mais nada".

 

19h02 - Ricciardi volta a ser falado, em relação à guerra que o opos a Salgado quando este estava, ainda, no BES. Salgado conta: Ricciardi "fez ameaça que iria falar não sei se quê, estava tudo na imprensa o que havia para falar, mas não se coibiu de mandar cartas para o Banco de Portugal. Lastimo o que aconteceu. Não posso dizer mais nada".

 

19h00 - BESA e BES, o que se passou? "Passou para o banco bom ocrédito sobre o BESA e  o capital remanescente do BES, de 3,7 mil milhões, acredito que foi utilizado o capital às custas dos accionistas do BES para provisionar o crédito sobre o BESA. Acredito que foi isso que aconteceu, mas não tenho a certeza. A garantia não devia ter caído e se não caísse o crédito do BES ao BESA estava assegurado, pelo menos em termos de apoio de liquidez. E portanto como é utilizado esse capital para fazer provisão, compreendo como os senhores a posição dos angolanos. Já não temos garantia e o banco sucessor provisiona 100% o crédito sobre o BESA, propuseram pagar 20% e o banco novo ficou encantado. Acha que foi uma boa negociação? Não digo mais nada".

 

18h56 - Manuel Pinho "prestou grandes serviços ao BES e foi convidado pelo PS, foi o que me disse. Não contribui para isso com nada. Resolveu ter opção política e julgo que como ministro da economia teve coisas muito positivas".

 

18h54 - No final da audição, e antes de José Maria Ricciardi ser ouvido, o primo Ricardo Salgado deixa a interrogação: "Se fez [Ricciardi] denúncia ao Banco de Portugal deve ter tido alguma contrapartida por isso. Não sei qual, não quero fazer suposições, mas acho curioso que isso tenha acontecido". Salgado fez a declaração depois de ter dito que "não ia atacar a minha família".

 

18h45 - Ricardo Salgado lembrou aos deputados que o RERT (Regime Excepcional de Regularização Tributária) foi aprovado pelos legisladores portugueses, nomeadamente pelo Parlamento. Recorreu três vezes ao RERT. "Nunca deixei de ter a minha situação fiscal regularizada. Fui dos portugueses que mais pagou impostos desde 1992. Tive sempre os meus impostos em ordem". 

 

18h43 - "Foi um erro a destruição do BES e portanto a resolução" e foi "com imensa pena minha aquilo que aconteceu. Tínhamos uma equipa de primeiríssima ordem no BES, grande parte das pessoas continuaram, apesar de muitas terem sido convidadas pelos concorrentes. Mas o Novo Banco tem condições de singrar. Veja bem a dificuldade que é de substituir uma marca com 145 anos por uma marca branca, com símbolo inicial efémero. Ainda por cima com permanentes insistência do Banco de Portugal e Governo que era para vender depressa, o senhor acredita que algum cliente sinta confiança nestas circunstâncias? É muito difícil".

 

18h40 - Ricardo Salgado não acredita na conivência do BNA com Álvaro Sobrinho. "Estive com o senhor governador do BNA a 20 Outubro, na altura de completarmos a assembleia-geral do BESA, que começou no dia 3 Outubro, e a segunda parte foi em Angola. O dr. Massano disse-me que tinha havido uma situação descoberta pelo BNA no BESA inacreditável. Não posso dar elementos novos porque desconheço. Não sei o que aconteceu de facto".

 

18h38 - "Para mim é uma surpresa ter desaparecido". Duarte Marques tinha referido que a comissão não sabia do paradeiro de Machado da Cruz. Salgado lembra que o contabilista "vivia uma parte do tempo na Suíça, outra nos Estados Unidos. Julgo que vem a Portugal, mas não o tenho visto." E deixou o desabafo: "não fui eu que o convidei a desaparecer". 

 

18h37 - Em relação a Machado da Cruz. "Não sei explicar as razões do que aconteceu. Factos concretos, há uma conversa do Machado da Cruz com juristas no Luxemburgo num determinado momento e no momento a seguir há uma comissão auditoria da ESFG imposta pela KPMG Luxemburgo que chama dr. Machado da Cruz, parece que por duas vezes para prestar declarações sobre assunto e o que ele diz é que assume total responsabilidade da situação. O que me parece é que fez isso pensando que estava a ajudar o grupo. Foi sempre um elemento considerado dentro do grupo. Infelizmente a situação saiu completamente descontrolada e foi uma surpresa para nós todos. É aquilo que posso transmitir. Tenho consciência de nunca ter dado instruções para esconder registo de passivos na ESI". 

 

18h35 - Ricardo Salgado começa a responder à última ronda de perguntas. Fernando Negrão lembrou: 

"mais um conjunto de questões, é o último".

 

18h21 - Duarte Marques, deputado do PSD, diz que não tem sido possível encontrar Machado da Cruz.  Duarte Marques inaugurou a quarta ronda. 

 

18h15 - "Eurofin sempre teve uma vida muito independente do BES".

 

18h10 - Ricardo Salgado acredita que a Oi sabia das aplicações da PT em empresas do grupo Espírito Santo. "As aplicações da PT na Oi/Telemar estão no prospecto do aumento de capital. Portanto não havia forma de os accionistas da Oi/Telemar não soubessem dessas aplicações do grupo BES e GES. E o mínimo que poderiam fazer era perguntar se de facto existia ou não. Não lhe posso dar mais detalhes dobre o assunto, mas acredito que sabiam das operações". 

 

18h07 - "Espero que o Novo Banco siga em frente". E deixou uma palavra aos colaboradores do Novo Banco: que "trabalhem muito e bem para que Novo Banco siga em frente".

 

18h05 - Questionado sobre a eventual interferência na crise do BCP, Ricardo Salgado desabafou: "agora é o responsável disto tudo também". Mas, dizendo ter tido sempre consideração por Jardim Gonçalves, Salgado considerou "injusto" as referências ao papel do BES na crise BCP, lembrando até que havia ccionistas do BCP há muitos anos. "BES não anda a financiar problemas nos bancos concorrentes, nunca fizemos isso, longe de nós tal ideia. Nunca tivemos interesse em fazer fusões ou aquisições". 

 

18h01 - A "supervisão ao balcão do BES sempre foi muito atenta". A CMVM "sempre esteve a seguir de perto a colocação da dívida do GES". Ricardo Salgado diz mesmo que "foi a CMVM que rompeu e provocou aquela alteração que obrigou à desconcentração de títulos do mesmo grupo nos fundos de investimento. Depois de ter saído essa legislação, que era mais gravosa do que na União Europeia". Os prospectos eram aprovados e, segundo Salgado, "com considerações de risco inerentes para os clientes que queriam investir nessas oportunidades". O ex-presidente do BES acredita que os gestores do banco, na sua grande maioria, "explicavam o risco das suas aplicações. E esse risco estava bem expresso nas fichas técnicas e prospecto", e havia "a preocupação que não fossem prejudicados por falta de conhecimento".

 

17h59 - "Foi uma tristeza o que aconteceu à PT". Foi o único risco sistémico que "não previ". Ricardo Salgado lembra que na PT havia dois administradores do BES. "O BES sempre esteve ao lado da PT para a financiar em todos os momentos". Mas "felizmente vejo que continuam a haver muitos interessados na PT".

Foi uma tristeza o que aconteceu à PT 
 
Ricardo Salgado

"Há vários pretendentes, mas não sei qual estará melhor posicionado, caberá aos accionistas da PT", onde "julgo" que o Novo Banco tem posição relevante. 

 

17h57 - "Quando o grupo saiu da administração do banco houve uma aceleração da catástrofe", defende Salgado. "O grupo fez os possíveis para executar o plano de restauração da área não financeira, mas não foi possível. Estou convencido que teria levado o barco a bom porto".

 

17h56 - "Ninguém na família beneficiou com os ganhos gerados na Eurofin, com obrigações emitidas pelo BES", afirmou Ricardo Salgado.

 

17h52 - José Maria Ricciardi já está no Parlamento, mas Ricardo Salgado ainda está a responder as primeiras questões da terceira ronda. Como já revelou Fernando Negrão, já há deputados inscritos para novas perguntas ao antigo presidente do BES.

 

17h49 - "A ideia de centralização do poder, como a do dono disto tudo, foram ideias artificialmente criadas" defende Salgado, justificando a "sua visibilidade por ser presidente do BES, o que pode ter irritado alguns elementos do grupo". Mas o gestor volta a dizer que "não sou eu que vou atacar a minha família"

 

17h47 - Salgado diz que um dia Margarida Queiroz Pereira apareceu no BES a querer vender a sua posição no grupo Semapa que foi comprado por um fundo internacional. Um investidor que revendeu a posição por não receber dividendos. O antigo líder do BES diz que o banco foi ajudando membros da família de Pedro Queiroz Pereira a vender as suas posições "e assim reforçou a sua

Nunca quisemos adquirir as empresas do grupo Queiroz Pereira

posição" nas holdings de controlo da Semapa. "Nunca quisemos adquirir as empresas do grupo Queiroz Pereira. Desconheço a documentação que foi entregue ao BdP".

 

17h46 - "O dr. Manuel Queiroz Pereira era praticamente irmão dos meus tios e ajudou muito na recuperação do grupo".

 

17h45 - "É totalmente falso que o GES quisesse comprar o grupo de PQP", garante Salgado.

 

17h42 - "Desconheço por completo os elementos que o sr Pedro Queiroz Pereira entregou ao Banco de Portugal. Tenho ideia de que questionava a forma como estava a ser feita a avaliação de activos" disse Salgado. 

 

17h37 - Ricardo Salgado vai iniciar as respostas a terceira ronda de perguntas

 

17h32 - O presidente da comissão interrompe a sessão por cinco minutos, depois de Ricardo Salgado ter pedido "para ir lá abaixo".

 

17h31 - Fernando Negrão avisa que há deputados inscritos para a quarta ronda de questões.

 

17h30 - Era esta a hora marcada para o início da audição a José Maria Ricciardi, mas Ricardo Salgado ainda tem de responder à terceira ronda de perguntas.

 

17h28 - Mariana Mortágua faz as perguntas da terceira ronda de questões nesta audição a Ricardo Salgado. 

 

17h25 - Bruno Dias, do PCP, faz a terceira ronda de perguntas

 

17h24 - Cecília Meireles pergunta a Ricardo Salgado se aquilo que disse sobre o BCP em 2009 não poderia agora servir o BES. A deputada falava da resposta de Salgado a Filipe Pinhal. "Toda a gente sabe que foram as más opções e porventura as más práticas que destruíram a liderança e a coesão sem as quais qualquer projecto em qualquer sector está condenado à ruína.

 

17h21 - Cecília Meireles faz a terceira ronda de perguntas. A deputada do CDS quer saber com quem foi acordado o investimento da PT na Rioforte.

 

17h21 - "O Governo apoiou a estratégia pouco diligente do Banco de Portugal", diz o deputado do PS, Pedro Nuno Santos.

 

17h19 - Pedro Nuno Santos do PS questiona Ricardo Salgado nesta terceira ronda de perguntas.

 

17h16 - Pedro Saraiva do PSD começou as perguntas da terceira ronda desta audição ao economista que durante 22 anos liderou o BES.

 

17h14 - "Não vim cá colocar-me no papel de vítima, mas dar a minha visão dos acontecimentos. A

Não vim cá colocar-me no papel de vítima, mas dar a minha visão dos acontecimentos

minha responsabilidade será apurada nos tribunais. Sempre procurei defender os interesses dos clientes dentro de uma envolvente política, económica e financeira extremamente complexa", respondeu Salgado a Mariana Mortágua sobre a afirmação da deputada de que Salgado passará de dono disto tudo a vítima disto tudo".

 

17h14 - Pedro Amaral sugeriu que José Veiga, empresário do mundo do futebol, fosse convidado a investir no grupo, confirmou Salgado.

 

17h10 - Salgado revela que foi feita uma proposta CGD para dar crédito ao GES, "por outros elementos do grupo" mas o banco recusou.

 

17h07 - Sobre a decisão de fazer a provisão de 700 milhões para reembolsar clientes, "achámos que devia ser no ESFG. Assim poupámos o BES. Talvez por isso, o banco conseguiu ir ao mercado", disse Salgado.

 

17h06 - Salgado elogia Mariana Mortágua. "Mostra que estuda bem os assuntos", sublinhou.

 

17h05 - Salgado recusa comentar as palavras de José Maria Ricciardi quando afirmou que o esquema de emissão de obrigações era feito através era um "esquema fraudulento".

 

17h03 - "O dr. Durão Barroso foi conselheiro do grupo quando estava em Washington e quando

Achámos oportuno dizer ao dr. Durão Barroso para que não fosse apanhado de surpresa caso acontecesse alguma coisa

regressou a Portugal deixou de o ser. Mas depois de dizermos ao Governo que estávamos preocupados com a evolução do grupo, achámos oportuno dizer ao dr. Durão Barroso para que não fosse apanhado de surpresa caso acontecesse alguma coisa. Não foi para pedir nenhum favor, garante o antigo banqueiro.

 

17h02 - "A posição da PT estava na ESI, mas foi sugerido à PT que passasse para a Rioforte, que não tinha imparidades. A ideia era proteger os clientes" afirma Salgado para justificar o investimento da PT em dívida da Rioforte.

 

17h00 - "Dono disto tudo é o povo português" sublinha o antigo liderado BES.

 

16h59 - "Considero-me uma pessoa sóbria e um trabalhador. Esta designação de dono disto tudo é uma declaração irrisória, tal como essas declarações dos mais poderosos. Essa classificação foi-me colada para me prejudicar no futuro" defende Salgado.

 

16h57 - Mariana Mortágua pergunta a Ricardo Salgado se fez um acordo com o BdP para sair depois do aumento de capital do BES.

 

16h58 - "Com reforço de capitais privados, o BES escusava de ter desaparecido. Escusava de ter

 

Com reforço de capitais privados, o BES escusava de ter desaparecido

havido resolução" afirma Salgado.

 

16h52 - Mariana Mortágua inicia a segunda ronda de perguntas: "Não deixa de ser curioso que o dono disto tudo apareça aqui como a vítima disto tudo" afirma a deputada do Bloco de Esquerda.

 

16h50 - "Quando esteve em Washington o dr. Durão Barroso tinha numa relação de aconselhamento connosco. Não era um montante significativo. Era nosso consultor", revela o antigo líder do BES.

 

16h47 - "Gostaria de ver as auditorias forenses para perceber..." Diz Salgado depois de ter recordado que o relatório de auditoria diz que o banco tinha um património de 3.700 mil milhões após registar imparidades de 2.000 milhões.

 

16h41 - "Não dei instruções para ocultação do passivo" da ESI, repetiu Salgado em resposta a Miguel Tiago. "O passivo agravou-se a partir de 2008 por causa da crise", reafirmou Salgado.

 

16h39 – "Julgo que o dr. Manuel Pinho nunca falou" da venda da Portugália à TAP, disse Salgado em resposta ao deputado do PCP. E diz que, há algum tempo, encontrou Fernando Pinto, presidente da TAP, e que este lhe disse "estar encantado" com a compra da Portugália.

 

16h36 - "O grupo investiu em Portugal 8 mil milhões de euros" depois das nacionalizações. "Nas privatizações, o Estado faz encaixes substanciais e face às indemnizações que foram pagas, o Estado conseguiu resolver parte da sua equação financeira graças às privatizações." Afirmou Salgado para contestar a ideia de Miguel Tiago que defendeu que o Estado nunca devia ter vendido o BES à família Espírito Santo. 

 

16h35 - O deputado do PCP quer saber "quem forçou o BES a desaparecer"

 

16h34 - Miguel Tiago quer saber "onde estão os activos imobiliários em Angola" que Salgado tinha afirmado, ao Jornal de Negócios, que poderiam ajudar a capitalizar a Rioforte.

 

16h29 - Deputado do PCP quer saber quantos membros do grupo transitaram para os Governos e se Ricardo Salgado recomendou a Manuel Pinho que aceitasse ser ministro de José Sócrates.

 

16h28 - Miguel Tiago, deputado do PCP, inicia a segunda ronda de perguntas.

 

16h26 - "Esse crédito ia ser reembolsado porque havia a garantia de Angola. E não era preciso ser reembolsado todo de uma vez" diz Salgado.

 

16h25 - "Houve um momento em que o BESA participou numa emissão de dívida do Estado angolano e foi num montante elevado. A administração do BESA levantou a questão e ficou decidido que o BES apoiava essa participação do BESA na emissão de dívida. Talvez tenha sido o momento em que esse crédito aumentou mais. Mas foi pelo apoio aos empresários portugueses em Angola e pelos empresários angolanos que esse financiamento cresceu", explica Salgado.

O BES não necessitava de recorrer à linha de apoio financeiro.

 

16h23 - Salgado diz que o empréstimo intercalar que o GES pediu ao Governo "não era para capitalizar o grupo. Era um empréstimo para ser reembolsado."

 

16h19 - "O BES não necessitava de recorrer à linha de apoio financeiro" do Estado, diz Salgado, recordando que os analistas internacionais sempre elogiaram o banco por isso.

 

16h16 - Além da evolução da dívida da ESI, a deputada do CDS quer saber se o apoio de liquidez do BES ao BESA era "excepcional".

 

16h12 - A deputada do CDS Cecília Meireles inicia as perguntas da segunda ronda de perguntas.

 

16h10 - "O Ministério Público tem uma acta do conselho superior que mostra que o valor pago aos elementos deste órgão foi superior aos cinco milhões que são referidos nos jornais" refere Salgado. Valores que são relativos aos ganhos gerados pela participação da Escom no negócio dos submarinos.

 

Ministério Público tem uma acta do conselho superior que mostra que o valor pago aos elementos deste órgão foi superior aos cinco milhões que são referidos nos jornais

16h09 - "Não foram pagas comissões a ninguém da área política. Houve investigação do Ministério público", garantiu Salgado em relação ao caso dos submarinos.

 

16h09 - "Nunca ordenei as gravações. Eram reuniões com uma certa informalidade e com informalidade de linguagem."

 

16h08 - "Em relação aos submarinos e às citações que fizeram das gravações das reuniões do conselho superior do grupo, nem sequer sabia que estavam a ser gravadas".

 

16h05 - "Não tenho dúvida que os resultados feitos pela Eurofin foram integralmente para eliminar os riscos que os clientes tinham com as obrigações do GES. A maioria eram não residentes", diz Salgado. "Se essa operação não tivesse sido feita, os clientes que tinham tido os prejuízos e tinham segurado contra o banco".

 

16h04 - "Só não entende quem não quer. Foi com uma enorme confiança na administração do BES. Desculpe a presunção, mas se o BdP tivesse intervindo mais cedo, não se teria conseguido fazer o aumento de capital" defende o banqueiro.

 

16h02 - "Um banco com o prospecto do aumento de capital que teve, que foi alterado 30 vezes, como foi dito aqui, com factores de risco claríssimos e que foi subscrito em 180% pergunto aos srs deputados se havia ou não uma enorme confiança no BES?" A questão é colocada por Salgado.

 

16h00 - "Não era preciso nenhum braço-de-ferro para me dizerem que me tinham retirado a idoneidade"

 

15h59 - Pedro Nuno Santos quer saber se no caso dos submarinos "foram pagas comissões a pessoal não político".

 

15h58 - O deputado do PS diz que "Ricardo Salgado era a última pessoa que podia ter liderado a estratégia de ‘ring fencing’ do BES face ao GES"

 

15h54 - Pedro Nuno Santos do PS começa a segunda ronda de perguntas.

 

15h53 - "Em relação a Santo Agostinho, sou católico praticante e, sempre que posso, leio as meditações de Santo Agostinho" respondeu a Carlos Abreu Amorim. Salgado já tinha defendido as suas sugestões de leitura aos deputados.

 

15h51 - "Tenho a consciência tranquila. Em 40 anos não há nada de que me arrependa. Tenho uma carga pesadíssima em cima de mim por o BES ter soçobrado. Eu tenho responsabilidades, mas outras entidades também têm responsabilidades" afirmou Salgado em defesa da sua honra.

 

15h50 - "Sou gestor bancário há 40 anos e passei crises gravíssimas e estivemos 30 anos ligados ao Crédit Agricole, o que não aconteceria se o BES não fosse um banco bem gerido" diz Salgado.

 

15h49 - "A insolvência da Rioforte foi exonerável, mas foi por falta de tempo", diz Salgado

 

15h46 - O antigo banqueiro diz que o "aumento de capital da Rioforte não foi realizado, não porque alguém o tenha impedido, mas porque a evolução dos acontecimentos não o permitiu".

 

15h45 - Salgado recusa que tenha havido qualquer intenção sua de "manter a idoneidade que não fosse aceite o Banco de Portugal".

 

15h43 - Salgado agradece o "elogio referindo as minhas qualidades de inteligência, nunca 
fui uma pessoa presunçosa, que pretendesse assumir posições de destaque por qualquer razão, infelizmente fui classificado com algumas classificações ridículas."

 

15h38 - Abreu Amorim crítica Ricardo Salgado por ter recomendado livros aos deputados e recomenda a Salgado que leia as "confissões de Santo Agostinho".

 

15h37 - "O BES faliu por gestão danosa. O BES faliu por culpa própria" afirmou Abreu Amorim.

O BES faliu por gestão danosa. O BES faliu por culpa própria
 
Abreu Amorim, PSD

 

15h36 - O deputado do PSD recomenda a Ricardo Salgado que leia o tratado da União Europeia para perceber que o empréstimo intercalar que pediu ao Estado "é ilegal".

 

15h34 - Abreu Amorim pergunta a Ricardo Salgado se o facto de o Banco de Portugal não ter respondido a um pedido de registo de idoneidade em 2012, não significa que já havia indícios de que o BdP queria afastar o banqueiro. E pede autorização para serem divulgadas à comissão as cartas que trocou com o governador sobre a questão da idoneidade. 

 

15h32 - De acordo com a informação disponibilizada pelos deputados, a audição de José Maria Ricciardi foi adiada para as 17h30.

 

15h31 - Carlos Abreu Amorim inicia a segunda ronda de perguntas

 

15h30 - A audição vai ser retomada com 15 minutos de atraso. Salgado já está preparado para a segunda ronda de perguntas. Mas o presidente da comissão de inquérito ainda não deu início aos trabalhos.

 

14h40 - A audição de José Maria Ricciardi "ainda não foi cancelada" garante um deputado do PSD. Certo é que já não será às 15 horas. Às 15h15 será retomada a audição a Ricardo Salgado.

 

14h38 – Terminou a primeira ronda. Fernando Negrão anuncia um intervalo até as 15h15.

 

14h36 - "O sr. Presidente da República não teve mais nenhuma intervenção neste processo, eu é que fiz questão de lhe mostrar a garantia de Angola por ser prova das boas relações que existiam", responde Salgado quando questionado sobre mais pormenores do encontro com Cavaco Silva. 

 

14h33 - "Não vou poder desenvolver o tema que está integrado no processo Monte Branco. Sou amigo de longa data do sr. José Guilherme, desde o início dos anos 70. É um excelente empresário do sector da construção, queria ir para o leste e eu aconselhei-o a ir para Angola, um enorme sucesso. Era mais credor do BES do que devedor. Nunca precisou do grupo para nada", respondeu Salgado.

 

14h31 - Mariana Mortágua quer saber se José Guilherme era cliente do BES, se recebeu créditos do BESA e se havia incompatibilidades por causa do presente que Salgado recebeu do empresário.

 

14h30 - "Tanto quanto possível ter garantias, não foram pagas comissões a nível político" no negócio de venda dos submarinos.

 

14h29 - "Os ganhos gerados pela participação da Escom na venda dos submarinos foram apropriados pelo conselho superior" do GES diz Salgado sem entrar em pormenores.

 

14h26 - Salgado diz que não pode esclarecer Mariana Mortágua sobre a venda da Escom "por ser arguido num processo relacionado com a Escom"

 

14h24 - "O valor da capitalização do BES foi completamente dizimado" lamenta Salgado mostrando receio que o Novo Banco seja vendido abaixo do valor do capital que recebeu e que a paralisação da concessão de crédito vai provocar uma crise mais acentuada.

 

14h22 - "Uma das primeiras pessoas a quem referi a garantia de Angola, foi ao sr. Presidente da República. E nessa altura houve um alerta de Angola sobre o rompimento da parceria estratégica com Angola. Fui a Presidência da República mostrar a garantia de Angola e dizer ao Presidente Cavaco Silva que a garantia mostrava que não havia rompimento da parceria estratégica com Angola" revelou Salgado sem precisar a data.

 

14h20 - "A garantia foi dada por o Presidente de Angola considerar que o BESA era um banco importante para o desenvolvimento de Angola. O que aconteceu ao BESA foi uma lástima. E deve-se essencialmente à resolução do BES. Por ter colocado as acções do BESA no banco mau, o que significou considerar a garantia tóxica" defende Salgado.

O que aconteceu ao BESA foi uma lástima. E deve-se essencialmente à resolução do BES

 

14h18 - Em resposta à deputada bloquista, Salgado diz que o processo de afastamento de Álvaro Sobrinho foi complexo. Começou com o facto de este "não ter tempo para receber os clientes do banco e ter uma situação em Portugal em que ainda é arguido". Mas "foi depois de uma reunião no BNA que correu muito mal que os accionistas angolanos pediram para Sobrinho ser afastado do BESA.

 

14h17 - Salgado diz que na assembleia geral do BES Angola, em Outubro e Dezembro de 2013, viu os "generais -angolanos Leopoldino Vieira do Nascimento e Hélder Vieira dias muito mal dispostos com Álvaro Sobrinho".

 

14h15 - "Com toda a consideração e respeito, não posso falar sobre esses créditos. Há uma notícia do Expresso que explica essa situação. Só lhe posso dizer que leia. Não tenho indicação de que tenha havido recursos para membros do Governo angolano"

 

14h14 - Mariana Mortágua quer saber se os créditos de Angola foram para altas figuras do regime angolano.

 

14h12 - Salgado diz que Durão Barroso e Carlos Moedas lhe disseram que "não podiam fazer nada, que tínhamos de falar com o Governo."

Durão Barroso e Carlos Moedas não podiam fazer nada. Tínhamos de falar com o Governo.

 

14h11 - "Falámos com Moedas porque tivemos a oportunidade de falar com ele que era um financeiro, mas ele não podia fazer nada. A chave estava no Governo", recorda Salgado.

 

14h10 - "Não houve intenção de obter benefícios estranhos", garante Salgado. "O sr primeiro-ministro recusou e comunicou-o à imprensa."

 

14h09 - Salgado garante que Honório não recebia dinheiro pela consultoria dada ao GES. E confirma que na companhia de Honório, falou com o primeiro-ministro, a ministra das Finanças, Carlos Moedas e "demos uma palavra a Durão Barroso. Não fomos a Bruxelas porque Durão Barroso vinha a Portugal."

 

14h08 - Mariana Mortágua quer saber se Salgado e José Honório foram a Bruxelas pedir ajuda a Durão Barroso.

 

14h04 - Passaram quase 5 horas desde o início da audição a Ricardo Salgado. A inquirição ainda vai na primeira ronda. Está a fazer perguntas a deputada do BE. Ainda não houve qualquer intervalo. O antigo presidente do BES ainda não se levantou da cadeira. Falta uma hora para o início previsto para a audição a José Maria Ricciardi.

 

14h03 - "Mas foi por aí que a PT caiu" responde a deputada do Bloco de Esquerda.

 

14h02 - "A Rioforte não tinha imparidades nenhumas, mas como se atrasou o aumento de capital da Rioforte, os investidores quiseram substituir a dívida da ESI por dívida da Rioforte", explica Salgado. "Mas o passivo nunca devia ter ultrapassado o activo da Rioforte. Não foi por aí que houve violação das regras do BdP".

 

14h00 - Salgado diz que em causa está a operação que fez com que as acções do ESFG passassem a ser controladas pela Rioforte e não pela ESI.

 

13h59 - Mariana Mortágua (na foto) quer explicações sobre as mudanças na organização do grupo que levaram a um crédito da Rioforte sobre a ES Irmãos e, consequentemente, sobre ESI.

 

13h57 - Salgado diz que perante dúvidas das autoridades do Luxemburgo sobre essas operações fiduciárias, o grupo preferiu que fosse a ESI a adiantar esse dinheiro à ES Control. "Por prudência".

 

13h54 - Em resposta a deputada do Bloco de Esquerda, Salgado confirma que a ESI tinha um empréstimo "transitório" à ES Control que se destinava a substituir operações fiduciárias, que eram aplicações de clientes. 

 

13h50 - Salgado diz que, quando prepararam o plano de reorganização do GES, pensaram começar a capitalização do grupo pela holding de cima, a Espírito Santo Control. "Mas quando percebemos a verdadeira situação, percebemos que era impossível", explica e o GES decidiu começar pela capitalização da Rioforte. 

Quando percebemos a verdadeira situação, percebemos que era impossível

 

13h49 - Salgado diz que "a dívida emitida na ESI era instrumental para que o grupo continuasse a funcionar, mas no final de 2013 descobrimos que havia passivo por contabilizar."

 

13h48 - Mortágua quer saber porque aumentou o passivo da ESI.

 

13h47 - "O que eu estava a querer dizer é que era necessário vender activos do GES para realizar liquidez" explica Salgado. "O primeiro acto dessa desalavancagem foi a venda da Escom em Dezembro de 2010".

 

13h46 - Mariana Mortágua cita uma acta do conselho superior de 2011 em que Salgado admitia que o GES podia necessitar de um ‘bailout’ público.

 

13h45 - "De cabeça, não lhe sei referir. Era sobretudo accionistas privados" responde Salgado. 

 

13h44 - A deputada Mariana Mortágua, do BE, começa as suas perguntas. A deputada quer saber quem eram os outros accionistas da ESI, além da família.

 

13h42 - "Em Julho saíram 6.400 milhões de depósitos do BES. Quando um banco começa a perder depósitos a esta velocidade, a situação é muito preocupante" defende Salgado, sugerindo que possa ter sido essa a razão para que os gestores tivessem falado na ajuda do Governo.

 

Depois dessa reunião de 30 de Julho, que é incontornável, o BdP dá dois dias para o BES se capitalizar. Essa carta é uma forma de o BdP se desresponsabilizar

13h40 - "Depois dessa reunião de 30 de Julho, que é incontornável, o BdP dá dois dias para o BES se capitalizar. Essa carta é uma forma de o BdP se desresponsabilizar. Como não foi possível fazer a capitalização, fez-se a resolução. Isto estava tudo encaminhado" afirma Salgado, sugerindo que há muito que o BdP queria aplicar a resolução ao banco.

 

13h40 - Salgado responde que já não estava no banco.

 

13h39 - Miguel Tiago cita acta de uma reunião da administração do BES a 30 de Julho, em que um administrador refere a necessidade de se falar com o Governo, para mostrar relação próxima entre o BES e o poder político.

 

13h36 - Salgado lê carta enviada em Abril ao departamento de supervisão em que calendarizava a mudança da gestão do BES que previa que a assembleia geral para mudança de gestão pudesse ocorrer a 5 de Julho.

 

13h33 - "Não tenho por sistema mentir. Nunca menti nestas coisas. Nunca disse nada que pudesse ser mal interpretado. Mas é fundamental que a governação do BdP seja clara. Assim fiz a 31 de Março", diz Salgado, quando defendeu em carta ao BdP que o BES necessitava de gestão mais independente.

 

13h31 - "Ao primeiro sinal de que eu não tinha idoneidade, eu teria saído. Mas isso nunca foi

Ao primeiro sinal de que eu não tinha idoneidade, eu teria saído. Mas isso nunca foi claro

claro", reafirma Salgado.

 

13h29 - "O governador, às tantas, pediu-me para liderar a mudança de gestão do banco" diz Salgado, em resposta a Miguel Tiago. "Pelos meus braços, nunca tive a noção de que estivesse num braço-de-ferro com o governador", sublinhou o banqueiro.

 

13h25 - Salgado diz que, a partir de 2014, foi criado um comité de partes relacionadas que aprovaram as operações de crédito ao GES. "As operações eram depois reportadas ao BdP", afirma o antigo líder do BES.

 

13h21 - O antigo presidente do BES diz que não tinha um conhecimento completo de todas as holdings.

 

13h20 - Miguel Tiago diz que há um relatório sobre a ESI de 2001 em que a holding já tinha prejuízos de mil milhões de euros. O deputado quer saber se Salgado tinha conhecimento deste relatório.

 

13h18 - "O departamento de risco em Portugal não podia saber. E o departamento de risco do BES Angola foi desvirtuado" sublinha Salgado sobre a situação de Angola.

 

13h17 - "Foi muito mau" o que aconteceu no BES Angola, admite Salgado sobre o facto de, como disse Miguel Tiago, se terem perdido quase 5000 milhões de euros de créditos em Angola.

 

13h15 - Miguel Tiago (na foto) diz que entre os 15 maiores clientes do BES, cujos nomes não foram disponibilizados, estão provisões a 100%. "Houve clientes que levaram o crédito sem pagar", sublinha. O deputado crítica o facto de Salgado ter dito que o BES tinha uma boa equipa de avaliação de risco quando houve créditos que ficaram por pagar na íntegra.

 

13h09 - "Todos os bancos têm que ter relação com os governos e isso não significa que haja promiscuidade" sublinhou Salgado.

  

13h07 - "Em relação à promiscuidade política, ouvi comentários de que tivemos uma relação de cumplicidade com o Governo anterior. Todos os bancos em Portugal contribuíram com quadros para o Governo. Não chamaria isso promiscuidade. Significa que o Governo considerou bons os quadros do GES. O que posso garantir é que o comportamento e tradição do banco começou no tempo da monarquia e deu-se com todos os partidos políticos."

 

Diz Salgado sobre o comentário de que houve promiscuidade entre o BES e a política.

 

13h04 - "Nunca vi esquemas ponzi criarem 30 mil postos de trabalho" começa por dizer Salgado em resposta ao deputado do PCP que quer saber quais os créditos que exigiram mais provisões no BES. "A dimensão do grupo ajudou a criar emprego em Portugal e empresas que continuam a evoluir positivamente".

 

13h03 - Miguel Tiago, do PCP, inicia as suas questões ao antigo presidente do BES. Passaram quase quatro horas desde o início da audição e ainda não houve intervalo. Falta falar ainda a deputada do Bloco de Esquerda. Para daqui a duas horas está previsto o início da audição de José Maria Ricciardi.

 

13h01 - "Eu não sei quem eram os clientes" a quem foram recompradas obrigações do BES colocadas via Eurofin. "Mas eram particulares não residentes, que podiam estar organizados. Como clientes da Venezuela ou de África do Sul", diz Salgado.

 

13h00 - "Foi essa provisão que destruiu o capital do BES" diz Salgado sobre a provisão de mais de 800 milhões feita nas contas de Junho do banco e que se destinou à recomprar as obrigações colocadas através dos veículos criados pela Eurofin.

 

12h56 - "Esses clientes não tiverem benefício nenhum, porque o banco colapsou" diz Salgado. "A área financeira ao fazer isso estava a tentar evitar o risco reputacional", justifica, atribuindo aos responsáveis da área financeira melhores condições para explicar toda esta situação.

 

12h55 - Cecília Meireles (na foto) quer perceber que clientes foram reembolsados do investimento em obrigações do BES com os benefícios obtidos no âmbito da utilização da Eurofin. 

 

12h51 - "Depois encontrei o dr. Vítor Bento" para liderar o banco, conta Salgado sobre o que fez depois de ficar claro que o BdP não apoiava Morais Pires como presidente do BES.

 

12h49 - Salgado diz que o governador lhe pediu dois dias para pensar sobre a solução para a liderança do BES e depois lhe disse por telefone: "Será quem o sr. presidente quiser".

 

12h48 - Uma hora depois, Salgado recebe carta do BdP a dizer que não pode aprovar Morais Pires sem o registo de idoneidade, documento que lê aos deputados.

 

12h46 - Depois de concluído o aumento de capital, a CMVM suspendeu as acções do BES, à espera de notícias sobre a nova gestão, conta Salgado. E pede por email a Carlos Costa para indicar o nome de Morais Pires (na foto) para seu sucessor por causa da incerteza entretanto criada no mercado.

 

12h45 - Salgado defendeu que Amílcar Morais Pires era a melhor opção, até tendo em conta questão-chave a ser ultimada, que era o aumento de capital do BES, que terminou a 16 de Junho.

 

12h44 - "Fiquei surpreendido", admite Salgado até por depois Goes ter sido suspenso de funções da administração.

 

12h43 - Salgado diz que, antes do aumento de capital, disse ao governador que o seu sucessor poderia ser Amílcar Morais Pires ou Joaquim Goes (na foto). E Carlos Costa disse que a supervisão preferia Goes, relata Salgado. 

 

12h43 - Salgado diz que a 31 de Março, numa carta ao BdP, já tinha defendido que o banco precisava de uma gestão com maior independência.

 

12h40 - "O Banco de Portugal levantou questões pontuais sobre a minha idoneidade há mais de um ano por razões que estão em segredo de justiça", afirmou Salgado sobre o "presente" que recebeu de José Guilherme, sem referir em concreto esta oferta.

 

12h39 - Salgado diz que depois de o governador ter dito à família que tinha de sair da gestão, foi preparado o conselho estratégico. Que não chegou a ser criado devido ao colapso do banco.

 

12h38 - Em resposta a uma pergunta de Cecília Meireles: "o governador do Banco de Portugal nunca me disse directamente que eu tinha que sair do BES. Disse que a família tinha de sair da gestão executiva do banco."

 

12h37 - "Endividamento da ESI agravou-se a partir de 2011, devido aos prejuízos do banco e por não ter havido transferência de dividendos do ESFG para a ESI."

 

12h34 - Cecília Meireles quer saber se foi possível que os responsáveis accionistas da ESI não soubessem da situação do GES. 

 

12h32 - "Não sei pormenores sobre esses investimentos" da Eurofin em obrigações do BES. "Mas vêm aí os responsáveis da área financeira que pode ajudar a esclarecer melhor essa situação", afirma Salgado, admitindo que a Eurofin, ajudava a colocar títulos do banco.

 

12h30 - "A Eurofin era uma sociedade financeira com várias valências. E depois da queda do BES, continua a existir. Tem vários clientes, como a Cisco, a Odebrecht, entre outros. A empresa não

A resolução cria o descalabro final, levando à anulação da garantia de Angola

beneficiou de capitais que tenham fugido do BES para a Eurofin", afirma Salgado.

 

12h29 - "A resolução cria o descalabro final, levando à anulação da garantia de Angola" repetiu o antigo banqueiro, criticando mais uma vez a decisão.

 

12h27 - "Os investidores ficam preocupadíssimos quando o Banco de Portugal inicia uma investigação à idoneidade de Amílcar Morais Pires e Isabel Almeida. E mais preocupados ficam quando é anunciada uma auditoria forense", defende Salgado, criticando o supervisor.

 

12h26 - "O Banco de Portugal acreditava que mudando a gestão do BES, resolvia o assunto. Mas o problema resolvia-se era com um financiamento intercalar ao GES", diz Salgado.

 

12h25 - A deputada do CDS quer saber o que se passou na ESI. Salgado volta a insistir na responsabilidade de Francisco Machado da Cruz, contabilista da holding de topo do GES.

 

12h20 - A primeira ronda de perguntas chega a Cecília Meireles, do CDS. Ainda falta o PCP e o BE.

 

12h19 - "O GES foi muito afectado pela crise, mas era impossível resolver o problema do GES com uma mudança na gestão do BES", critica Salgado.

 

12h15 - "Quando fomos ao Estado pedir um financiamento intercalar de 2.500 milhões era para ser reembolsado a cinco anos", sublinha, para mostrar que não queria o Estado no capital do BES ou do GES.

 

12h16 - Salgado recomenda aos deputados que leiam o livro de Tim Geithner, que mostra que na sua passagem pelo tesouro americano evitou cinco bombas em cinco grandes bancos. O economista recomenda ainda o livro de Paul Thompson, que diz que a crise começou com a queda

Nunca o governador do Banco de Portugal disse que me retirava a idoneidade. Se o fizesse eu sairia imediatamente

 

do Lehman Brothers. E o livro de Tom Wolf sobre a crise.

 

12h13 - "Nunca o governador do Banco de Portugal disse que me retirava a idoneidade. Se o fizesse eu sairia imediatamente", responde Salgado. E diz que ficou muito surpreendido por Carlos Costa ter dito no Parlamento que tinha tido um braço-de-ferro com o gestor para o afastar da liderança do BES.

 

12h12 - Pedro Nuno Santos, do PS, pergunta a Salgado como conseguiu convencer o governador a ficar na liderança do BES até 12 de Julho, para terminar as questões da primeira ronda.

 

12h10 - O antigo líder do BES diz que "o crédito do BES esteve paralisado 5 meses". Admite que parte das empresas foram para a concorrência. E diz que o Novo Banco não tem as mesmas condições para financiar a economia. "Não sei se tem as mesmas cartas de garantia" para apoio à internacionalização que o BES tinha.

 

12h08 - Ricardo Salgado aproveita o facto de ter a palavra para recordar várias empresas que o grupo criou e que são bons exemplos de como o GES "era estruturante", como defendia Ernâni Lopes. Essegur, Espírito Santo Saúde e Multipessoal.

 

12h05 - Quase três horas depois do início da audição a Ricardo Salgado, a inquirição vai ainda na primeira ronda e apenas o PSD já concluiu as suas questões. As perguntas do Pedro Nuno Santos do PS ainda vão a meio. Faltam menos de três horas para o início previsto para audição a José Maria Ricciardi.

 

A sentença de morte veio quando não conseguimos aumentar o capital da Rioforte

12h01 - "Fomos cumprindo o plano à medida das nossas possibilidades. A sentença de morte veio quando não conseguimos aumentar o capital da Rioforte, quando havia um investidor institucional disposto a investir 700 milhões na operação e outros investidores disponível para participar", defendeu Ricardo Salgado. O banqueiro não o referiu, mas falava do facto de o fundos do Estado da Venezuela se terem comprometido a investir em acções da Rioforte.

 

11h58 - "Pura e simplesmente, não tivemos tempo. E há muitos activos que ainda estão para ser vendidos, agora, infelizmente, pelo tribunal que gere a falência das holdings", lamentou o banqueiro.

 

11h53 - Pedro Nuno Santos: "O programa de ‘ring fencing’ impediu a viabilidade do GES?" "Tornou-a impossível", respondeu Salgado. O antigo liderado BES diz que "era preciso tempo" e que "foi isso que pedimos ao Banco de Portugal a 3 de Dezembro, mas não tivemos tempo." O antigo banqueiro queria tempo para reorganizar, capitalizar e desalavancar o grupo, através da venda de activos.

 

11h52 - Salgado diz que não pode responder e sugere que é Álvaro Sobrinho (na foto) quem tem a informação. "A partir de certa altura, Álvaro Sobrinho nomeou a sua cunhada como responsável pelo crédito do BES Angola".

 

11h51 - Pedro Nuno Santos insiste e cita uma notícia para pedir informação sobre os créditos dados pelo BES Angola.

 

11h49 -  Salgado repete que "é crime apresentar elementos sobre bancos angolanos no exterior" para justificar não revelar o destino do crédito concedido pelo BES Angola aos seus clientes, que exigiu uma garantia de 4.200 milhões de euros por parte do Presidente de Angola.

 

11h48 - Salgado: "Esse crédito a Angola, que nós acompanhávamos, não tínhamos dúvidas nenhumas sobre esse crédito. Desde que a garantia de Angola existisse, esse crédito seria reembolsado. Mas ela deixou de existir por causa da separação do banco bom e do banco mau".

 

11h43 - Pedro Nuno Santos, do PS, diz que Salgado é "responsável pela transferência de 3.300 milhões dos contribuintes para o BES" por causa da exposição do BES ao BESA  que ditou a resolução aplicada ao banco português.

 

11h35 -  Salgado diz que Machado da Cruz prolongou a sua estadia para poder reportar informação às autoridades dos Estados Unidos.

 

11h33 -  Pedro Nuno Santos, do PS, (na foto, ao lado de João Galamba) começa a questionar Salgado. E quer saber porque Machado da Cruz ficou no banco.

 

11h31 - "Do banco eu procurava saber tudo. É verdade que de Angola houve um erro de julgamento na indicação de quem foi para a liderança executiva", afirmou Salgado sobre Álvaro Sobrinho.

 

11h30 - "Havia delegação de poderes na gestão do BES, que tinha excelentes banqueiros, já substituídos".

 

11h29 - "Eu só tinha responsabilidade pela área financeira, mas não contem comigo para atacar ninguém da minha família" frisou Salgado.

 

11h28 - "Eu era responsável pela área financeira, era o primeiro a chegar e o último a sair e trabalhava em casa 70% dos fins-de-semana".

 

"Era um verdadeiro trabalhador" sublinha.

 

Colocar a garantia do sr Presidente da República de Angola e classificá-la no banco mau como um activo tóxico é no mínimo uma enorme ofensa diplomática

11h27 - O antigo líder do BES diz que "todos os ramos da família tinham responsabilidades paritárias".

Salgado recusa responder sobre o "presente" de 14 milhões que recebeu de José Guilherme. "Está em segredo de justiça" sublinha.

 

11h26 - Salgado: "O sr é um ilustre jurista, mas acho que essa síntese está errada".

 

11h24 - Abreu Amorim diz que Salgado "era o primeiro responsável de tudo, mas foi o último a saber de tudo", numa crítica ao banqueiro.

 

11h23 - Salgado culpa resolução do BES pela anulação da garantia de Luanda ao BES Angola. "Colocar a garantia do sr Presidente da República de Angola e classificá-la no banco mau como um activo tóxico é no mínimo uma enorme ofensa diplomática."

 

11h21 - Abreu Amorim (na foto): Banco de Portugal sabia da situação de Angola. Salgado: Foi a primeira instituição a receber a garantia. Colocou as maiores dúvidas e não a aceitou para efeitos do rácio de capital. Acho absolutamente lamentável. É uma curiosidade... A garantia, com a forma de resolução e a divisão do banco bom e do banco mau, significou considerar a garantia de Angola como um produto tóxico.

 

11h15 - "Álvaro Sobrinho compra o ‘i’ e o ‘Sol’, violando as determinações do grupo, e a partir daí começa um bombardeamento na comunicação social" contra o grupo.

 

11h13 - "A partir de uma certa altura, em meados da década, começámos a ter informações estranhas sobre o BES Angola. Os clientes diziam que não eram recebidos pela administração. 

Em 2009, por determinação do Banco Nacional de Angola, tivemos que dar independência informática ao BES Angola. 

Em 2012, os testes de stress mostram que o BES Angola cumpre rácios de solidez. Em meados desse ano, a Cristina Ferreira deve lembrar-se disso, o Público notícia que há problemas de liquidez em Angola", afirma Salgado apontado para a jornalista do diário presente na sala. 

 

A partir de uma certa altura, em meados da década, começámos a ter informações estranhas sobre o BES Angola. Os clientes diziam que não eram recebidos pela administração. 

 

11h09 - Sobre Álvaro Sobrinho e a sua escolha para liderar o BES Angola: "Álvaro Sobrinho prestou serviços no banco em Portugal de uma forma absolutamente impecável. Foi preparado com tudo o que era necessário a nível de complicações.

 

11h07 - Sobre a exposição do BES ao BES Angola: "Nunca tivemos dúvidas sobre o reembolso desses montantes porque o balanço do BES Angola estava protegido por uma garantia soberana do Presidente de Angola".

 

11h04 - Antigo banqueiro elogia Abreu Amorim. No meio das suas respostas, já por mais de uma vez afirmou: "o dr. Abreu Amorim é um causídico brilhantíssimo".

 

11h01 - Salgado responde a Abreu Amorim sobre as transferências para "offshores" que terão sido realizadas nas últimas duas semanas em que liderou o BES: "não tenho conhecimento de saídas de dinheiro, mas de dinheiro que foi transferido para reembolsar clientes que mantiveram esse dinheiro no banco. Essa dívida estava num SPV de um banco internacional. Eram clientes de retalho e podiam reclamar esse reembolso".

 

10h58 - Abreu Amorim: colaborou com a auditoria forense? Salgado: O BES estava sob permanente auditoria do Banco de Portugal, os testes de stresse eram recorrentes e as auditorias da troika também. A auditoria forense contribuiu para o descalabro das acções do BES.

 

10h54 - "Mas depois aconteceu a situação de Angola" afirma Salgado para justificar o problema posterior do BES.

 

10h53 - Abreu Amorim pergunta: "Violou determinações do Banco de Portugal?" Salgado: "O BdP monitorizou sempre tudo. Não consideramos ter violado as determinações do BdP. Até a minha permanência estivemos sempre com os rácios adequados."

 

10h50 - Abreu Amorim quer saber para onde foi o dinheiro das imparidades do BES. "Numa carta de 23 de Julho, o Banco de Portugal exigiu uma provisão de 2.000 milhões que foi largamente contestada por administradores do banco, do Credit Agricole, pelo seu exagero. Foi uma provisão imposta".

 

10h44 - Salgado diz que Machado da Cruz "prestou serviços relevantes" e diz que defendeu que o contabilista devia ficar no grupo por causa das responsabilidades que tinha no banco dos Estados Unidos

 

10h43 - Abreu Amorim diz a Salgado que nas reuniões do conselho superior da família, o antigo banqueiro defendeu Machado da Cruz. É nessas reuniões, diz, que membros da família dizem que foi Salgado a forçar a sua demissão.

 

10h40 - Salgado responde a Carlos Abreu Amorim: "As contas foram assinadas e assumimos todos a responsabilidade. Não dei instruções para ocultação do passivo e só passámos a conhecer a situação em Novembro de 2013 e, numa análise para trás, vimos que essa situação vinha desde 2008."

 

10h38 - "Machado da Cruz assumiu totalmente a responsabilidade dos seus actos. Nunca dei instruções a ninguém para ocultar passivo do grupo"

 

Salgado voltou, assim, a atribuir as responsabilidades ao contabilista da ESI.

 

10h37 - "A minha vida era 100% dedicada à área financeira"

 

10h36 - Salgado recorda que a KPMG concluiu que "não houve desvios de dinheiro" na ESI.

 

10h35 – À pergunta do PSD sobre a situação no Luxemburgo, Salgado diz que "nunca tivemos qualquer problema no Luxemburgo".

 

10h34 - Salgado responde: "Só estava a querer comparar o modelo aplicado ao grupo, para mostrar que era totalmente inexequível".

 

10h32 - Salgado conclui apresentação: "Modestamente, servi com idoneidade" ao longo de uma carreira de mais de 30 anos.

 

Carlos Abreu Amorim, do PSD, é o primeiro a colocar questões. "Teve o seu direito de defesa e teve-o da forma abundante. O deputado social democrata acusa Salgado de "desonestidade intelectual" pela comparação entre a situação do BES e do GES com a situação de Portugal.

 

O nome pode ser apagado da fachada de um banco, mas não pode ser apagada a história de uma família com mais de 140 anos de história.

10h29 - "Ninguém sai ileso de uma guerra familiar. O nome pode ser apagado da fachada de um banco, mas não pode ser apagada a história de uma família com mais de 140 anos de história. 

Mesmo os revolucionários de Abril nunca sentiram necessidade de apagar o nome do banco

Sei que muitos perderam tudo, mas fácil em tempo de crise é encontrar responsáveis."

 

10h28 - Salgado inicia conclusão da sua apresentação inicial: "Senti ser meu dever explicar os acontecimentos. Mas depois de mais de um ano a ser apresentado como responsável por várias crises do BES e do GES já muitos formularam os seus juízos".

 

10h25 - "Desde 2002 a PT manteve aplicações de tesouraria no BES e no GES, sem qualquer reparo, incluindo por quem tinha a golden share na PT. Esses dados foram disponibilizados ao Santander Brasil que avaliou os activos da PT no âmbito da fusão com a Oi."

 

10h22 - Salgado garante que "ninguém da família Espírito Santo, da gestão do BES ou do GES teve qualquer benefício" com o esquema de emissão e colocação de obrigações, envolvendo a gestora suíça Eurofin.

 

10h21 - Salgado justifica cartas-garantia de pagamento ao Estado da Venezuela: "Foi para proteger o BES e o GES", diz o banqueiro. A ideia era substituir a dívida da ESI tomada pela Venezuela por dívida da Rioforte. "O que não foi possível devido ao colapso do BES."

 

10h15 - Salgado compara as imposições que o banco de Portugal fez ao BES com o que podia ter acontecido em Portugal: "Imagine que a troika tinha exigido a Portugal que contra-garantisse de imediato todos os montantes recebidos pelas autoridades internacionais e tivesse imposto a abertura de uma conta com montantes para reembolsar a dívida" formula o antigo banqueiro. 


"O problema do GES, como o do país resultava de sobreendividamento. A ideia de que o problema do GES não contaminaria o BES estava a revelar-se uma ilusão. Foram dados ao BES sete meses para reembolsar dívida, quando Portugal tem 31 anos para pagar a troika. Seria despropositado comparar o BES ao país. Mas é um critério para perceber o carácter extremo das imposições feitas ao BES", justificou Salgado.

 

10h10 - "Os nomes do CFO e de uma directora coordenadora do BES para integrar a gestão foram aprovados pelo governador." Carlos Costa chegou a dizer a Salgado: o seu sucessor "será quem o sr. presidente entender", recorda o antigo líder do BES.

 

10h02 - O antigo presidente do BES diz que após o aumento de capital do banco, o "Banco de Portugal aprova nomes discutidos para a gestão do BES e a criação de um conselho estratégico onde teria representação a família Espírito Santo".

 

9h59 - Na Primavera, o Banco de Portugal apresentava uma pressão vaga para mudanças na governança do BES, mais feita por notícias de jornal do que por indicações precisas do governador do Banco de Portugal.

 

"O governador disse -me que queria que fosse eu próprio a liderar a governance do BES" e quis que a alteração acontecesse antes do aumento de capital do BES, opção que Salgado afastou por poder pôr em risco esta operação.

 

9h55 - Depois de apresentar o seu plano de reestruturação ao Banco de Portugal, o GES e o BES foram tentando enfrentar ao mesmo tempo 4 desafios:


> Aumentar capital do BES;
> Aumentar o capital da Rioforte;
> Acelerar as vendas na área não financeira;
> Reembolsar o papel comercial. 


Isto num clima mediático de permanente debate acerca do grupo, que apresentava o GES como um conjunto de empresas não viáveis e discutindo a liderança do BES, recorda Salgado.

 

9h50 – Ricardo Salgado diz que a 13 de Dezembro do ano passado o Banco de Portugal exigiu o reembolso integral do papel comercial da ESI, colocado em clientes de retalho, até ao final do ano. O GES responde que esta determinação era "inexequível".

 

"O prazo concedido era de 18 dias úteis" lamenta Salgado.

 

9h46 - "Foi reportado em Novembro que havia passivo não reportado na ESI. Ao tomar conhecimento deste problema, encarámos as dificuldades da sua superação e adoptámos a resposta adequada".

 

9h42 - "Vou dar conta dos acontecimentos mais recentes, que culminaram com a destruição do património e da marca do BES", promete Salgado, cerca de meia hora depois de ter começado a sua intervenção inicial. O antigo banqueiro lê este testemunho. Depois promete responder a todas as questões dos deputados.

 

9h39 - O antigo presidente do BES descreve o regresso da família a Portugal depois das nacionalizações de 1975 e diz que desde que voltaram a investir em Portugal, em 1990, os Espírito Santo tiveram "uma parceria exemplar com o Crédit Agricole".

 

9h35 - "Não pedir a ajuda do Estado foi uma decisão racional", garante Ricardo Salgado.

 

9h33 - "Sempre quisemos manter o controlo do banco em mãos portuguesas", diz o antigo presidente do BES.

 

9h32 - "A marca BES não foi posta em causa pela Revolução, nem pelas nacionalizações" diz Salgado, recordando que no ano passado esta designação valia 640 milhões de euros, de acordo com a avaliação da Superbrands.

 

9h25 - O antigo presidente do BES faz um retrato da situação da economia portuguesa e internacional a partir de 2008.

 

Na sequência dos ataques das agências internacionais ao rating da República, "houve uma paralisação imediata dos fluxos do exterior que deixaram de investir na dívida portuguesa e dos bancos".

 

9h23 - Quase 20 minutos depois de Salgado ter chegado, os reportes de imagem saem da sala

 

9h19 - A crise do GES não se pode dissociar da crise financeira e portuguesa.

 

9h18 - Ricardo Salgado diz: "Fomos julgados sumariamente na praça pública. Tudo histórias totalmente falsas que ocultaram a verdade dos factos". Referindo-se às notícias dos últimos dias.

 

9h13 - "Muito obrigado por me darem a oportunidade de dar o meu testemunho" afirma Ricardo Salgado, que diz que está disponível para voltar ao Parlamento se for necessário.

 

"O leopardo quando morre deixa a sua pele, um homem quando morre deixa a sua reputação". Diz Salgado. "É por isso que estou aqui", afirma, avisando que ficará para mais tarde a sua interpretação dos factos que se prepara para enumerar.

 

9h11 - Um funcionário pede aos jornalistas para não taparem uma das câmaras de ar. Fernando negrão dá início à audição. E avisa que Ricardo Salgado vai fazer uma apresentação inicial "longa, de mais de uma hora".

 

Negrão pelo "silêncio aos jornalistas". Ricardo Salgado começa a falar.

 

9h07 - Ricardo Salgado acaba de entrar acompanhado do advogado Francisco Proença de Carvalho. Vem também Francisco Teixeira, assessor de imprensa. Os repórteres de imagem passam mais de dois minutos a disparar as câmaras fotográficas em frente a Ricardo Salgado.

 

Ricardo Salgado não entrou pela porta habitual. O presidente da comissão de inquérito não quis mudar de sala para não dar um tratamento diferenciado ao ex-banqueiro mas aceitou que este utilizasse uma porta diferente da que foi usada pelas restantes personalidades ouvidas no inquérito ao BES. 

 

9h00 - Já há representantes de todos os partidos, depois da chegada de Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda.

 
Uma muralha de repórteres de imagem cerca a porta por onde Ricardo Salgado vai entrar na sala do Parlamento. Na sala comenta-se que o antigo banqueiro já está no edifício da Assembleia da República.
 

Há muitos fotógrafos na sala mas também se tiram fotografias amadoras. Os próprios deputados tiram fotos à imensa quantidade de pessoas dentro da sala 6. A socialista Ana Paula Vitorino tira uma fotografia às dezenas de jornalistas que estão sentados na comissão. José Magalhães também.

 

8h51 - Fernando Negrão (na foto à esquerda= , presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao BES já está na sala. Os deputados começam a chegar. Há elementos do PSD, CDS e PCP. A bancada do PS também começa a ficar composta. Ana Paula Vitorino foi das primeiras a chegar.

 

8h40 - Os jornalistas já ocupam um terço da sala onde vai decorrer a audição de Ricardo Salgado. A comissão de inquérito decorre na mesma sala de sempre, porque se entendeu que não devia haver tratamento diferenciado. Isto apesar do interesse mediático da audição desta terça-feira. Por isso, houve necessidade de reforçar o número de cadeiras para os jornalistas

 

8h35 - Falta meia hora para o início da audição de Ricardo Salgado. A sala já está composta com vários jornalistas. Acompanhe a audição do ex-presidente do BES. As estações de televisão têm equipas a cobrir todas as entradas do Parlamento. Ninguém quer perder a imagem do dia: o antigo presidente do BES a entrar na Assembleia da República.

 

(Notícia em actualização)

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