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Pacote da economia “devia ir mais longe”. Empresas pedem maior redução da tributação

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) diz que propostas são reformistas mas que devem ser ajustadas à realidade da economia nacional. A Confederação do Comércio e Serviços (CCP) lamenta “a quase total omissão de medidas dirigidas” ao setor.

A subida no ranking deve-se em parte à melhoria das infraestruturas e eficiência empresarial.
iStockphoto
05 de Julho de 2024 às 15:14
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As medidas para acelerar a economia, aprovadas esta quinta-feira, 4 de julho, em Conselho de Ministros, não agradaram à Confederação do Comércio e Serviços (CCP). O setor fala em falta de calendarização das medidas apresentadas, mas, destaca sobretudo a "quase total" omissão leis dirigidas ao setor, "incluindo nomeadamente sectores importantes como os transportes e automóvel", afirmou a Confederação em comunicado. 

A Confederação liderada por João Vieira Lopes admite a grande "desilusão" com a desvalorização do setor no novo pacote de 60 medidas. "Destaca-se em particular, neste último, a ausência da implementação de um plano de abate de automóveis ligeiros de passageiros em fim de vida, tal como previsto no acordo de Concertação Social e no próprio Orçamento do Estado", pode ler-se.

Apesar de definir as medidas como "globalmente positivas", como o exemplo dado da baixa da taxa de IRC, a CPP aponta a falta de avaliação da proposta do organismo no que toca à "redução faseada das tributações autónomas em 10% ao ano", que "seria fundamental para verificar-se em efeito transversal a todo o tecido empresarial". 

Já a Associação Empresarial de Portugal (AEP) elogiou as medidas anunciadas pelo Governo, que considera como "medidas reformistas", deixando nota de que estas se alinham com as prioridades defendidas pela AEP, mais concretamente em relação a medidas como o financiamento e capitalização das empresas, a inovação, a atração de talento, a sustentabilidade e a reindustrialização. 

Apesar do mérito dado ao programa, a AEP sublinha que é necessário ir mais longe, para o que considera ser uma "estratégia de crescimento económico mais forte e duradoura". Em comunicado, a Associação Empresarial de Portugal referiu que "as medidas são reformistas, mas precisam de alcançar resultados no curto prazo e de serem ajustadas, em alguns casos, à realidade empresarial de Portugal", e que será fundamental "garantir, de forma transversal, uma total desburocratização no relacionamento entre o Estado e as empresas".
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