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Salgado: BES "esteve sujeito a fiscalização da KPMG e do BdP"
O ex-presidente do BES garante que nem o Banco de Portugal, que tinha uma equipa permanente no banco, nem a auditora externa levantaram quaisquer dúvidas sobre o banco.
Ricardo Salgado afirmou que nem a auditora externa nem o regulador do sector financeiro levantaram dúvidas quando o Banco Espírito Santo recusou recorrer ao dinheiro da troika em 2012.
"O banco esteve sujeito à fiscalização da KPMG e do Banco de Portugal", disse Ricardo Salgado na audição desta terça-feira, 9 de Dezembro, da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
"O Banco de Portugal tinha uma equipa permanente com acesso a actas, relatórios de auditoria, podendo solicitar documentos que entendesse necessários", continuou o presidente do BES entre 1992 e 2014. Susana Caixinha, da equipa permanente, já esteve na comissão de inquérito e afirmou que sempre contou com a colaboração da equipa do banco no seu trabalho.
Segundo Salgado, nem o Banco de Portugal nem a KPMG levantaram dúvidas sobre a estratégia definida pela comissão executiva. "Nem a auditora externa nem o Banco de Portugal nem os accionistas estrangeiros questionaram a estratégia definida", disse, acrescentando que até houve quem lançasse louvores públicos.