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Salgado: "José Guilherme nunca precisou do GES para nada"
O construtor que ofereceu 14 milhões a Salgado não devia nada ao grupo, garantiu o antigo banqueiro. Aliás, "José Guilherme era mais credor do BES do que devedor".
Ricardo Salgado afirmou que José Guilherme, o construtor civil que lhe ofereceu um presente de 14 milhões de euros, "nunca precisou do Grupo Espírito Santo para nada".
"José Guilherme era mais credor do BES do que devedor", acrescentou o presidente executivo do banco de 1992 a 2014 na audição desta terça-feira, 9 de Dezembro, da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
José Guilherme ofereceu um presente de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado, o que lançou dúvidas sobre se estava em causa alguma comissão. "Não vou poder desenvolver o tema, porque está integrado no processo Monte Branco".
Ricardo Salgado falou apenas sobre a ligação àquele empresário: "Sou amigo de longa data de José Guilherme. Quando digo longa data estou a referir-me ao início da minha caminhada no BES, no início dos anos 70".
O ex-banqueiro contou, como já é de conhecimento público, que aconselhou o construtor a investir em Angola em vez da Europa de Leste. "Em Angola, teve um enorme sucesso".