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Ideia de que salvar BES ao mudar gestão era "totalmente inviável"

Não se podia mudar apenas a gestão do BES para o manter isolado dos problemas do grupo, segundo Salgado. Era necessário também resolver as dificuldades do GES. Com um crédito intercalar do Estado.

Bruno Simão/Negócios
09 de Dezembro de 2014 às 12:43
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O BES não é o GES, o GES não é o BES. Esta foi a ideia que o Banco de Portugal tentou passar no mercado para que não houvesse um contágio da área não financeira ao ramo financeiro do grupo. Algo "totalmente inviável" na óptica de Ricardo Salgado.

 

"Era totalmente inviável o conceito de que se poderiam resolver os problemas do BES mudando a gestão, não resolvendo o problema do GES", garantiu o homem que assegurou a liderança do banco entre 1992 e 2014.

 

Para Salgado, era preciso apenas tempo para executar o plano de redimensionamento da área não financeira, como a venda de activos. Além de tempo, era necessário também um "financiamento intercalar", que o grupo pediu directamente ao Governo, mas que não foi concedido. 

 

Esse crédito "dava tempo para vender o resto das empresas da área não financeira, reembolsar créditos e retirar dívida das mãos de clientes".

 

Assim, era necessário cuidar do GES para não prejudicar o BES. Ou seja, na sua óptica, não era suficiente alterar apenas a gestão do banco, que era assegurada por Salgado. 

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