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Salgado: "Sempre em consciência me considerei idóneo"

O ex-presidente do BES afirma, na comissão parlamentar de inquérito, que ao longo dos 22 anos no banco nunca a sua idoneidade foi questionada.

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09 de Dezembro de 2014 às 11:19
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Ricardo Salgado acredita que se mantém idóneo após 40 anos de trabalho e 22 anos de liderança no Banco Espírito Santo.

 

"Tendo, certamente acertado e falhado muito na minha vida, sempre em consciência me considerei idóneo para servir na sucessão daqueles que fundaram e prestigiaram o Grupo Espírito Santo", disse o antigo presidente do BES entre 1992 e 2014.

 

Além disso, Salgado frisou que nunca a sua idoneidade foi questionada ao longo dos anos. O Banco de Portugal defende que desde 2013 andou a utilizar "persuasão moral" para que o banqueiro deixasse a instituição. 

 

"Ao longo de 22 anos ninguém com poder para [retirá-lo do poder] – e que nunca duvidei que existisse - a questionou. Até à própria aceitação como presidente do futuro Conselho Estratégico. Até ao momento de saída de funções", continuou o antigo banqueiro.

 

Assim, Salgado diz ter tido a "humildade" de reconhecer que a supervisão tinha poder para avaliar a sua idoneidade.

 

"Servi, com idoneidade, nas tarefas que me foram confiadas no exercício da minha profissão ao longo de quarenta anos, dentro e fora do País", concluiu. 

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