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Fiat quer fusão com Renault para criar terceira maior fabricante automóvel. Ações disparam 19%

O plano proposto pela Fiat prevê que as duas empresas combinadas produzam um total de 8,7 milhões de veículos por ano, com um volume de negócios de 170 mil milhões de euros e lucros superiores a 8 mil milhões.

Está revelado o plano proposto pela Fiat Chrysler para estreitar a aliança com a Renault. A fabricante italiana apresentou uma proposta para avançar com uma fusão das duas empresas, o que resultaria num grupo detido em 50% pelos acionistas da Fiat e em iguais 50% pelos da Renault. A avançar, a operação daria origem à terceira maior fabricante automóvel do mundo. As ações da Fiat já chegaram a disparar mais de 19% esta manhã, depois de conhecido o plano.

A proposta foi revelada, esta segunda-feira, 27 de maio, em comunicado de imprensa publicado pela Fiat. O plano prevê que o negócio combinado das duas empresas resulte no aumento da produção anual para um total de 8,7 milhões de veículos, com um volume de negócios de 170 mil milhões de euros e lucros superiores a 8 mil milhões.

As "sinergias" alcançadas através da fusão resultariam numa poupança de custos superior a 5 mil milhões de euros por ano. Já os custos de implementação da fusão deverão fixar-se entre os 3 e os 4 mil milhões de euros, um valor que será compensado pelas poupanças conseguidas logo no primeiro ano. Assim, a partir do segundo ano, o resultado da operação já será positivo.

O plano de fusão prevê também que a empresa resultante seja englobada numa holding holandesa e cotada nas bolsas de Milão, Paris e Nova Iorque. O atual chairman da Fiat Chrysler, John Elkann, ficaria com este mesmo cargo na nova empresa, enquanto o chairman da Renault, Dominique Senard, assumiria o cargo de presidente executivo, segundo avançaram à Reuters fontes ligadas ao processo. O conselho de administração contaria ainda com um representante da Nissan, atualmente parceira da Renault.

A Fiat refere ainda que a operação representaria um prémio de 10% para os acionistas da Renault e garante que não implica o encerramento de fábricas.

Juntas, as duas empresas produziram 8,7 milhões de veículos no ano passado, um número que só fica atrás da Volkswagen e da Toyota, que fabricaram ambas mais de 10 milhões de unidades. Já em termos de capitalização bolsista, as duas empresas passariam a valer, juntas, 32,6 mil milhões de euros, tendo em conta a cotação de fecho da última sexta-feira.

A Renault ainda não se pronunciou sobre este plano e adiantou apenas que, esta manhã, a administração irá reunir-se para discuti-lo.

Na reação a este anúncio, as ações da Fiat estão a valorizar, por esta altura, 12,6% para os 12,90 euros por ação, mas já chegaram a disparar 19,48% esta manhã. Desde o início do ano, os títulos da fabricante italiana já valorizam mais de 12%. Também a Renault está a reagir em alta, a subir 12,23% para os 56,10 euros por ação.
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