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Renault volta a adiar decisão sobre fusão e Fiat Chrysler retira proposta
As fabricantes automóveis Renault e Fiat Chrysler conseguiram um acordo provisório com vista a uma fusão, depois de ultrapassadas potenciais dificuldades apontadas pelo governo francês, avançava a Reuters pelas 22:30. Pouco depois, a reunião entre as partes terminou sem acordo e a Fiat retirou a proposta.
A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) teria alcançado um acordo provisório com o Estado francês sobre os termos do seu projeto de fusão com a Renault, avançava a Reuters pelas 22:30 citando uma fonte próxima das negociações e que pediu o anonimato.
Por seu lado, o Le Parisien dizia que o projeto continuava a ser analisado e que as negociações – que começaram às 17:00 de Lisboa – prosseguiam entre os administradores dos dois grupos automóveis.
Uma hora depois, a Bloomberg referia que afinal não havia perspetiva de acordo e que a Fiat iria retirar a proposta. Já passava da meia-noite quando se confirmou esse cenário.
A Renault declarou no final da reunião que não estava pronta para tomar uma decisão, porque o governo francês tinha pedido novo adiamento, e salientou que não havia pressa.
Quase logo em seguida surgia a notícia de que a FCA retirava a proposta de fusão.
O governo francês, que detém 15% da Renault, quis obter garantias quanto à manutenção dos empregos na fabricante automóvel e quanto ao papel que a companhia terá em termos de governança numa estrutura combinada, uma vez que a Fiat Chrysler propôs uma fusão de 50/50. Essas garantias pedidas por França pareciam ter sido atendidas, mas afinal o referido acordo provisório não se confirmou.
A decisão do conselho de administração da Renault sobre se iniciaria formalmente negociações com o grupo FCA quanto à proposta de fusão que criaria o terceiro maior grupo automóvel mundial deveria ter sido anunciada ontem, mas tinha sido adiada para esta quarta-feira.
(notícia atualizada às 00:09 de quinta-feira, 6 de junho, após terminada a reunião)