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Renault dececionada com renúncia da Fiat Chrysler em continuar projeto de fusão
O grupo francês Renault manifestou hoje num comunicado a "sua deceção" pela renúncia da italiano-americano Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em continuar com o projeto de fusão.
Num comunicado, o grupo Renault "exprime a sua deceção por não poder aprofundar a proposta da FCA" e afirma que "esta proposta demonstra a atratividade da Renault e da aliança" desta com os construtores japoneses Nissan e Mitsubishi.
"Consideramos que esta proposta é oportuna, com muito mérito comercial e atrativo financeiro por criar um líder mundial do (mercado) automóvel com base na Europa", sublinhou.
A FCA indicou hoje que abandonava a proposta de se unir com a Renault porque o Conselho de Administração do fabricante francês tinha adiado, pela segunda vez consecutiva, uma decisão sobre a abertura de negociações exclusivas para a fusão.
Os dois membros da Nissan dos 19 do Conselho de Administração da Renault tinham-se abstido, uma postura que não era de oposição à operação, mas uma forma de manifestar que era necessário examinar em mais profundidade as consequências que podia ter para a aliança.
Neste contexto, os dois administradores do Governo francês (o Estado é juntamente com a Nissan o maior acionista, com 15% da Renault) forçou um novo adiamento para outra reunião do Conselho de Administração que devia realizar-se na próxima terça-feira.
O ministro da Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, reconheceu que conseguiu três das quatro condições que tinha posto para dar 'luz verde' à fusão Renault-FCA, mas não a quarta porque "faltava obter um apoio explícito da Nissan".