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Estado francês nega novas negociações para fusão da Renault com a Fiat
O Estado francês negou esta sexta-feira que as negociações para uma fusão entre a Renault e o grupo FCA tenham sido retomadas. E garante que só com o apoio da Nissan poderá haver algum avanço.
O responsável pela agência que gere as participações empresariais do Estado francês negou esta sexta-feira que as negociações para uma fusão entre a Renault e o grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) tenham sido retomadas. As declarações surgem após notícias, na semana passada, de que os dois fabricantes automóveis estariam a negociar novamente a operação que fracassou em junho.
Em entrevista à Radio Classique, Martin Vial, comissário da agência estatal e administrador na Renault nomeado pelo Estado francês, indicou que "tanto quanto tenho conhecimento, não há novas negociações entre a Fiat e a Renault".
O Estado francês, que detém uma participação de 15% no construtor automóvel gaulês, mostra-se reticente em aceitar um negócio sem o apoio da Nissan, membro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
"Em qualquer caso, para o Estado, a prioridade é a aliança com a Nissan e o seu projeto industrial", sublinhou Vial, acrescentando que as "tensões" entre a empresa japonesa e a Renault diminuíram após a assembleia-geral da Nissan, em finais de junho.
"Não podemos fazer nada sem o parceiro histórico da Renault, que é a Nissan", sentenciou Martin Vial.
De acordo com notícias publicadas na semana passada, a fabricante japonesa pretende que a Renault reduza a participação que detém na Nissan dos atuais 43,4%.
No início de agosto, o CEO da FCA, Michael Manley, manifestou vontade de retomar as negociações com a Renault "se as condições tiverem evoluído".
Uma fusão entre a Renault e a FCA daria origem ao terceiro maior fabricante automóvel em termos de vendas de veículos, que rondariam as 8,7 milhões de unidades por ano.