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CR e renascida das cinzas vão aos carros a Frankfurt
A indústria portuguesa volta a acelerar na Alemanha de 10 a 13 de setembro, com quatro empresas e duas associações a exibirem-se perante mais de 800 mil visitantes numa das maiores feiras mundiais do automóvel.
Destruída por um incêndio em outubro de 2016, uma empresa de Valongo especializada na injeção de plásticos para automóveis investiu sete milhões de euros para iniciar uma segunda vida. Menos de dois anos depois de renascer das cinzas, a Soplast é uma das representantes portuguesas na edição deste ano do Salão do Automóvel de Frankfurt (IAA na sigla alemã).
De 10 e 13 de setembro, neste que é um dos mais conceituados eventos da indústria, juntando perto de um milhar de expositores de 40 países, a comitiva nacional inclui também a CR Moulds (moldes metálicos, da Marinha Grande), a Edaetech (componentes e acessórios, de Fão) e a Gensys (programação informática), que pertence ao grupo vimaranense Pinto Brasil.
Estas empresas estão de partida para a Alemanha numa parceria, que se repete pelo segundo ano consecutivo, entre a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) e a Associação Empresarial de Portugal (AEP), que é liderada por João Miguel Ribeiro desde a morte de Paulo Nunes de Almeida. Nos próximos quatro dias, ambas as estruturas associativas estarão representadas nesta feira, em que a organização espera mais de 800 mil pessoas.
No âmbito do projeto de internacionalização BOW - Business on the Way, a AEP tem no calendário deste ano um total de 45 ações de promoção em 44 mercados no estrangeiro, das quais mais de metade (23) dizem respeito a participações em feiras. As restantes são missões empresariais fora e também dentro do país, à semelhança da "inversa" promovida pela PortugalFoods para sete compradores estrangeiros virem "comer" ao Porto.
De acordo com os cálculos apresentados esta segunda-feira, 9 de setembro, pela associação empresarial nortenha, o automóvel é precisamente o setor mais valioso nas trocas comerciais entre os dois países: representa mais de um quarto (26%) das importações nacionais e também 21% das exportações portuguesas para a Alemanha, que no ano passado ascenderam a 6,65 mil milhões de euros.