Notícia
Fecho dos mercados: Draghi impulsiona euro e alivia juros. Bolsas flutuam, petróleo em "bear market"
O discurso de Mario Draghi e as previsões mais otimistas do BCE para a evolução da economia europeia vieram aliviar os juros das dívidas soberanas e impulsionar o euro. O petróleo negoceia em "bear market".
06 de Junho de 2019 às 17:23
Os mercados em números
PSI-20 valorizou 0,17% para os 5.091,55 pontos
Stoxx 600 caiu 0,02% para os 374,01 pontos
S&P 500 sobe 0,1% para os 2.828,54 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,4 pontos base para 0,674%
Euro avança 0,63% para 1,1293 dólares
Petróleo recua 0,21% para 60,51 dólares
Investidores divididos entre guerra comercial e BCE
A sessão desta quinta-feira foi marcada por uma flutuação dos principais mercados acionistas, que foram negociando tanto em terreno negativo como positivo. De um lado, os investidores aguardam com expectativa por novidades da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Do outro, e apesar de algumas previsões positivas, o desempenho dos mercados foi condicionado pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter - e prolongar - os juros em mínimos históricos.
Esta quinta-feira, Donald Trump anunciou que irá decidir sobre a aplicação, ou não, de novas sanções comerciais à China no final de junho, depois da cimeira do G20, onde irá encontrar-se com Xi Jinping. É um sinal de que poderá haver um desfecho desta guerra comercial ainda este mês, uma expectativa que anima os investidores de Wall Street.
Já na Europa, o setor financeiro foi penalizado depois de ter sido anunciado que o BCE irá prolongar o período de estímulos para lá de 2019, como estava previsto até agora, até, pelo menos, ao final do primeiro semestre de 2020. O índice que agrega os maiores bancos cotados europeus desvalorizou assim mais de 1%, pressionando o Stoxx 600, que fechou abaixo da linha de água, a cair 0,02% para os 374,01 pontos.
Portugal contrariou a tendência e o PSI-20 valorizou 0,17% para os 5.091,55 pontos, impulsionado pelos ganhos superiores a 2% da EDP, que beneficiou de uma nota positiva do Goldman Sachs.
Juros aliviam com sinais de mais estímulos à economia
Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro continuam a negociar em mínimos históricos, a beneficiar da política monetária seguida pelo Banco Central Europeu (BCE). Esta quinta-feira, a instituição liderada por Mario Draghi decidiu manter a taxa de juro diretora inalterada, pelo menos, até ao final do primeiro semestre de 2020, sinalizando que os estímulos à economia europeia continuarão durante mais tempo.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviaram pela sexta sessão consecutiva, ao ceder 0,4 pontos base para 0,674%, o que corresponde aos níveis mais baixos de sempre.
A mesma tendência é seguida na Alemanha e em Espanha, onde os juros da dívida a dez anos aliviam 1,3 e 1,9 pontos base, respetivamente.
Euro sobe à boleia de melhores previsões
Também a moeda única está a valorizar depois das novidades vindas do BCE. O banco central melhorou a previsão de crescimento económico para a Zona Euro para 2019 de 1,1% para 1,2%, antecipando ainda uma taxa de inflação mais elevada, de 1,2%.
O euro valoriza, assim, 0,63% para os 1,1293 dólares.
Petróleo em "bear market" nos EUA
Os preços do petróleo prosseguem o movimento de queda, depois de, na quarta-feira, terem entrado em "bear market" nos Estados Unidos, a reagirem à divulgação dos stocks de crude nos Estados Unidos, que aumentaram de forma inesperada, o que sugere um excesso de oferta e fraca procura no mercado. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de crude da maior economia do mundo aumentaram em 6,8 milhões de barris na semana passada. Tratou-se da maior subida desde 1990 e que contrariou as estimativas dos analistas, que apontavam para uma queda.
O West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA que é negociado em Nova Iorque, entrou assim em mercado urso, ao cair mais de 20% face ao seu máximo de abril, de 66,30 dólares, com os receios de um excesso de oferta a juntarem-se às preocupações em torno do crescimento mundial. Hoje, a tendência mantém-se, com o WTI a recuar 0,46% para 51,44 dólares. Em Londres, a queda face aos últimos máximos é de 12% e hoje segue a ceder 0,21% para 60,51 dólares.
A contribuir para a descida desta sessão está o anúncio de que as exportações norte-americanas de crude aumentaram em abril para 2,84 milhões de barris por dia.
Ouro sobe há sete sessões
Numa altura marcada pela incerteza a nível mundial, o ouro vai somando ganhos.
"Talvez as várias tensões e desordem pelo mundo tenham, finalmente, acordado o mercado do ouro", comenta o presidente da Adrian Day Asset Management, citado pela Bloomberg. "Se o sentimento mudar - e as indicações são de que mudou - então este mercado pode valorizar muito mais, acrescenta.
O metal precioso está a valorizar há sete sessões consecutivas, o maior ciclo de ganhos desde janeiro de 2018, e negoceia em máximos de fevereiro deste ano. Esta quinta-feira, avança 0,59% para os 1.338,15 dólares por onça.
PSI-20 valorizou 0,17% para os 5.091,55 pontos
Stoxx 600 caiu 0,02% para os 374,01 pontos
S&P 500 sobe 0,1% para os 2.828,54 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,4 pontos base para 0,674%
Euro avança 0,63% para 1,1293 dólares
Petróleo recua 0,21% para 60,51 dólares
Investidores divididos entre guerra comercial e BCE
A sessão desta quinta-feira foi marcada por uma flutuação dos principais mercados acionistas, que foram negociando tanto em terreno negativo como positivo. De um lado, os investidores aguardam com expectativa por novidades da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Do outro, e apesar de algumas previsões positivas, o desempenho dos mercados foi condicionado pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter - e prolongar - os juros em mínimos históricos.
Já na Europa, o setor financeiro foi penalizado depois de ter sido anunciado que o BCE irá prolongar o período de estímulos para lá de 2019, como estava previsto até agora, até, pelo menos, ao final do primeiro semestre de 2020. O índice que agrega os maiores bancos cotados europeus desvalorizou assim mais de 1%, pressionando o Stoxx 600, que fechou abaixo da linha de água, a cair 0,02% para os 374,01 pontos.
Portugal contrariou a tendência e o PSI-20 valorizou 0,17% para os 5.091,55 pontos, impulsionado pelos ganhos superiores a 2% da EDP, que beneficiou de uma nota positiva do Goldman Sachs.
Juros aliviam com sinais de mais estímulos à economia
Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro continuam a negociar em mínimos históricos, a beneficiar da política monetária seguida pelo Banco Central Europeu (BCE). Esta quinta-feira, a instituição liderada por Mario Draghi decidiu manter a taxa de juro diretora inalterada, pelo menos, até ao final do primeiro semestre de 2020, sinalizando que os estímulos à economia europeia continuarão durante mais tempo.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviaram pela sexta sessão consecutiva, ao ceder 0,4 pontos base para 0,674%, o que corresponde aos níveis mais baixos de sempre.
A mesma tendência é seguida na Alemanha e em Espanha, onde os juros da dívida a dez anos aliviam 1,3 e 1,9 pontos base, respetivamente.
Euro sobe à boleia de melhores previsões
Também a moeda única está a valorizar depois das novidades vindas do BCE. O banco central melhorou a previsão de crescimento económico para a Zona Euro para 2019 de 1,1% para 1,2%, antecipando ainda uma taxa de inflação mais elevada, de 1,2%.
O euro valoriza, assim, 0,63% para os 1,1293 dólares.
Petróleo em "bear market" nos EUA
Os preços do petróleo prosseguem o movimento de queda, depois de, na quarta-feira, terem entrado em "bear market" nos Estados Unidos, a reagirem à divulgação dos stocks de crude nos Estados Unidos, que aumentaram de forma inesperada, o que sugere um excesso de oferta e fraca procura no mercado. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de crude da maior economia do mundo aumentaram em 6,8 milhões de barris na semana passada. Tratou-se da maior subida desde 1990 e que contrariou as estimativas dos analistas, que apontavam para uma queda.
O West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA que é negociado em Nova Iorque, entrou assim em mercado urso, ao cair mais de 20% face ao seu máximo de abril, de 66,30 dólares, com os receios de um excesso de oferta a juntarem-se às preocupações em torno do crescimento mundial. Hoje, a tendência mantém-se, com o WTI a recuar 0,46% para 51,44 dólares. Em Londres, a queda face aos últimos máximos é de 12% e hoje segue a ceder 0,21% para 60,51 dólares.
A contribuir para a descida desta sessão está o anúncio de que as exportações norte-americanas de crude aumentaram em abril para 2,84 milhões de barris por dia.
Ouro sobe há sete sessões
Numa altura marcada pela incerteza a nível mundial, o ouro vai somando ganhos.
"Talvez as várias tensões e desordem pelo mundo tenham, finalmente, acordado o mercado do ouro", comenta o presidente da Adrian Day Asset Management, citado pela Bloomberg. "Se o sentimento mudar - e as indicações são de que mudou - então este mercado pode valorizar muito mais, acrescenta.
O metal precioso está a valorizar há sete sessões consecutivas, o maior ciclo de ganhos desde janeiro de 2018, e negoceia em máximos de fevereiro deste ano. Esta quinta-feira, avança 0,59% para os 1.338,15 dólares por onça.