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Goldman Sachs sobe preço-alvo da EDP e vê potencial de mais de 16%

Os analistas do Goldman Sachs vêem a EDP como uma "entrada barata" nas renováveis através da subsidiária EDPR que, na sua opinião, está com um desconto de 30%.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Junho de 2019 às 11:56
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O Goldman Sachs reviu em alta o preço-alvo para as ações da EDP, sobretudo para refletir a melhoria da avaliação da sua subsidiária de energias limpas, a EDP Renováveis.

Numa nota de research a que o Negócios teve acesso, os analistas sobem de 3,80 euros para 3,95 euros o "target" para os títulos da elétrica liderada por António Mexia, o que, tendo em conta a cotação atual (3,389 euros), lhes confere um potencial de valorização de 16,5%. A recomendação é de "comprar".

"Subimos o nosso preço-alvo para a EDP para 3,95 euros, sobretudo para refletir uma avaliação mais alta para a EDP Renováveis e múltiplos de avaliação ‘mark-to-market’ na nossa análise SOTP [sum of the parts]", justificam os analistas.

O Goldman Sachs acrescenta que o novo target de 3,95 euros é 85% baseado numa avaliação fundamental, que deriva de uma combinação equitativamente ponderada de várias avaliações (SOTP, rácio Price-to-Earnings e target para o dividend yield) e 15% numa avaliação baseada nas fusões e aquisições.

Na nota, os analistas destacam que a EDP é "uma entrada barata nas renováveis", estimando que no fim do atual plano de investimento (2022) dois terços do EBITDA da empresa virão das renováveis. "Acreditamos que a EDP oferece uma exposição atrativa às renováveis", sublinham os especialistas do Goldman Sachs, acrescentando que a sua análise sugere que as ações da elétrica incorporam uma avaliação implícita das atividades da EDP Renováveis 30% abaixo da sua avaliação dos ativos. "Também acreditamos que o mercado está a desconsiderar uma oportunidade potencialmente significativa de reestruturação de portefólio", dizem ainda.

Contudo, o Goldman Sachs revê em baixa as suas estimativas para a EDP para refletir a nova estrutura de reporting e o outlook mais fraco para a atividade comercial. As estimativas para o EBITDA descem cerca de 2% para 2019-2021, enquanto as projeções para os lucros por ação caem 17% no mesmo período, devido à expectativa de maiores encargos financeiros e uma normalização mais rápida das taxas de juro.

Os analistas antecipam agora um lucro por ação de 0,17 euros em 2019, 0,22 euros em 2020 e 0,23 euros em 2021.

As ações da EDP estão a subir 1,35% para 3,389 euros, depois de terem chegado a valorizar um máximo de 2% para 3,411 euros, o valor mais alto desde 25 de abril.

Esta é quarta sessão consecutiva de ganhos para a elétrica, numa semana que ficou marcada pela notícia de que o seu maior acionista, a China Three Gorges, quer uma fusão com os ativos da EDP no Brasil, uma possibilidade que entretanto já foi descartada pelo CEO António Mexia.

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