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Energias do Brasil dispara para máximos históricos com interesse da CTG
A cotada brasileira detida em 51% pela EDP está a reagir em forte alta à notícia de que a China Three Gorges pretende avançar com uma fusão no Brasil.
A Energias do Brasil, cotada brasileira detida em 51% pela EDP, atingiu um máximo histórico na sessão desta terça-feira na Bolsa de São Paulo, devido ao interesse da China Three Gorges na companhia.
As ações atingiram uma valorização máxima de 7,5% para 21,08 reais, o que corresponde à cotação mais elevada de sempre. Os títulos têm registado um forte desempenho nas últimas sessões, acumulando já uma subida de 38,85% em 2019.
A subida de hoje acontece depois de a agência Bloomberg ter avançado que os chineses da China Three Gorges (CTG) pretendem avançar com uma fusão entre ativos que controla no Brasil e as operações da EDP no mesmo mercado.
Segundo a agência de notícias, que cita fontes próximas do processo, a CTG pode vir a controlar a empresa que resultar da fusão entre a Energias do Brasil e os ativos do setor energético que os chineses controlam naquele país.
A notícia também teve impacto na bolsa portuguesa, mas de forma mais modesta. A EDP valorizou 1,56% para 3,324 euros e a EDP Renováveis ganhou 1,01% para 9,00 euros.
A perspetiva de a CTG e a EDP (onde a companhia chinesa detém 23% do capital) unirem forças no Brasil não é nova. Ainda antes do fim da OPA sobre a EDP a agência Reuters noticiou que a EDP poderia propor a criação de uma joint venture com os chineses para o mercado brasileiro.
Após a subida de hoje, a Energias do Brasil apresenta uma capitalização bolsista de 12,4 mil milhões de reais (2,8 mil milhões de euros), um valor inferior à avaliação dos ativos da CTG no Brasil (5,6 mil milhões de dólares).