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Acionista chinês da EDP explora alterações nos ativos internacionais

A China Three Gorges pode agrupar os ativos internacionais numa holding para permitir a entrada de investidores e a dispersão de capital em bolsa.

Miguel Baltazar
12 de Dezembro de 2019 às 08:49
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A China Three Gorges está a considerar implementar uma nova estratégia na sua carteira de ativos internacionais, noticiou a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo.

 

Segundo a agência de notícias, a companhia estatal chinesa que controla 23% do capital da EDP está a trabalhar com assessores na constituição de uma nova empresa que agrupe os ativos internacionais. O plano poderá passar por permitir a entrada de investidores estratégicos nesta holding, abrindo caminho para numa fase posterior dispersar o capital em bolsa.

 

A Bloomberg dá conta que as ideias da CTG estão ainda numa fase preliminar e não há decisões finais sobre a estrutura da nova empresa, bem qual será a sua avaliação potencial.

A compra de uma fatia no capital da EDP foi um dos primeiros investimentos internacionais da companhia detida a 100% pelo Estado chinesa e que permitiu à CTG ser o maior acionista da elétrica portuguesa.

 

Segundo as contas da Blomberg, a CTG tem atualmente ativos fora da China avaliados em 14 mil milhões de dólares, após uma série de aquisições no setor energético na Europa e América Latina na última década. Esta estratégia foi impulsionada pelas orientações do governo chinês, que pretende companhias do país a comprar ativos de energia renovável em todo o mundo.

 

A América Latina tem sido a aposta mais forte nos últimos anos, sendo que a Bloomberg tinha já noticiado no passado que a CTG pretendia realizar uma fusão entre os ativos da empresa e da EDP no Brasil.

 

A CTG falhou o objetivo de controlar a maioria do capital dado da EDP que a OPA lançada o ano passado não chegou ao fim. Ainda antes de ser conhecido este desfecho, já a agência Reuters noticiava que a EDP poderia propor a criação de uma joint venture com os chineses para o mercado brasileiro.

 

Apesar da OPA sem sucesso, a CTG continuam a classificar o investimento na EDP como estratégico.

 

A ultima aquisição de maior relevo da CTG aconteceu no Peru, com a aquisição da energética Sempra por 3,6 mil milhões de dólares no mês de setembro.

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