Notícia
EDP pondera criar "joint venture" com chineses da CTG no Brasil se OPA falhar
A Reuters avança que a EDP poderá propor a criação de uma joint venture com os chineses da China Three Gorges se a OPA lançada no ano passado falhar.
13 de Março de 2019 às 14:37
A EDP poderá formar uma parceria com a empresa pública chinesa China Three Gorges (CTG), o seu principal acionista, para que a CTG consiga expandir-se no Brasil e na América Latina. Essa hipótese está a ser ponderada para o caso da oferta pública de aquisição (OPA) à EDP por parte dos chineses falhe, avança a Reuters esta quarta-feira, 13 de março, que cita fonte ligadas ao processo.
A China Three Gorges, detida pelo Estado chinês, é dona de 23% do capital da EDP e tem aumentado os seus investimentos na Europa. Para além de Portugal, a CTG tem investimentos na Grécia e Chipre. Contudo, tal como escreve a Reuters, o aperto do escrutínio da União Europeia ao investimento estrangeiro pode colocar em causa a continuação dessa expansão.
De acordo com a agência de notícias, a CTG está inclinada a expandir-se na América Latina e, por isso, uma "joint venture" com a EDP nessa parte do mundo seria uma solução "satisfatória" caso a OPA à EDP falhe. No caso específico do Brasil, a EDP Energias do Brasil - detida em 51% pela EDP - tem uma capitalização de mercado de 2,8 mil milhões de dólares e a CTG tem ativos não listados no país. As duas empresas já formam uma parceria num projeto no Peru.
"Se a CTG falhar o aumento do controlo [da EDP], um retrocesso para o 'status quo' é impossível... a CTG pode acabar por adquirir o negócio brasileiro e ter uma percentagem mais pequena na EDP", disse uma das fontes à agência. Outra das fontes revelou que a ideia é combinar os ativos da CTG no Brasil com a EDP Energias do Brasil.
Como os ativos da CTG têm um valor estimado de 5,6 mil milhões de dólares, a junção das duas empresas daria à CTG controlo de cerca de dois terços da entidade combinada. Tanto a CTG como a EDP Energias do Brasil recusaram falar sobre o assunto, escreve a Reuters.
Ontem a EDP apresentou o seu plano estratégico até 2022 e o foco de António Mexia, CEO da empresa, passa por investir nas renováveis e desinvestir em ativos de produção em regime de mercado, principalmente na Península Ibérica. O objetivo é que daqui a quatro anos 70% da produção de eletricidade da EDP seja de fontes renováveis. Além disso, a empresa pretende reforçar o investimento nos Estados Unidos e no Brasil.
Quanto ao andamento da OPA, o presidente executivo da EDP revelou que está a avançar, mas admitiu que o trabalho administrativo está a ser "mais complexo" e "mais longo do que as partes pensavam". "Mas temos prova de que está a ser feito", assegurou, referindo que a notificação em Bruxelas estará para breve.
A China Three Gorges, detida pelo Estado chinês, é dona de 23% do capital da EDP e tem aumentado os seus investimentos na Europa. Para além de Portugal, a CTG tem investimentos na Grécia e Chipre. Contudo, tal como escreve a Reuters, o aperto do escrutínio da União Europeia ao investimento estrangeiro pode colocar em causa a continuação dessa expansão.
"Se a CTG falhar o aumento do controlo [da EDP], um retrocesso para o 'status quo' é impossível... a CTG pode acabar por adquirir o negócio brasileiro e ter uma percentagem mais pequena na EDP", disse uma das fontes à agência. Outra das fontes revelou que a ideia é combinar os ativos da CTG no Brasil com a EDP Energias do Brasil.
Como os ativos da CTG têm um valor estimado de 5,6 mil milhões de dólares, a junção das duas empresas daria à CTG controlo de cerca de dois terços da entidade combinada. Tanto a CTG como a EDP Energias do Brasil recusaram falar sobre o assunto, escreve a Reuters.
Ontem a EDP apresentou o seu plano estratégico até 2022 e o foco de António Mexia, CEO da empresa, passa por investir nas renováveis e desinvestir em ativos de produção em regime de mercado, principalmente na Península Ibérica. O objetivo é que daqui a quatro anos 70% da produção de eletricidade da EDP seja de fontes renováveis. Além disso, a empresa pretende reforçar o investimento nos Estados Unidos e no Brasil.
Quanto ao andamento da OPA, o presidente executivo da EDP revelou que está a avançar, mas admitiu que o trabalho administrativo está a ser "mais complexo" e "mais longo do que as partes pensavam". "Mas temos prova de que está a ser feito", assegurou, referindo que a notificação em Bruxelas estará para breve.