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Membros do BCE discutiram possível redução dos juros

A decisão de manter os juros foi unânime, mas já há membros do conselho de governadores do BCE a discutir uma redução.

Reuters
06 de Junho de 2019 às 14:14
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O presidente do BCE, Mario Draghi, revelou esta quinta-feira, 6 de junho, que "vários membros do conselho de governadores referiram a possibilidade de corte de juros". Na conferência de imprensa, Draghi adiantou que a decisão de manter os juros intactos até ao final do primeiro semestre de 2020 foi unânime, mas houve pela primeira vez a discussão sobre outros cenários ainda mais expansionistas.

"Vários membros do conselho de governadores referiram a possibilidade de corte de juros, outros a possibilidade de recomeçar o programa de compra de ativos ou o prolongamento do 'forward guidance' (indicação sobre o futuro da política monetária)", afirmou Mario Draghi, referindo que esta é uma reflexão que só começou na reunião de política monetária de hoje. 

Esta possibilidade tem vindo a ganhar mais força esta semana após as palavras do presidente da Fed, Jerome Powell, terem aberto a porta à descida dos juros nos Estados Unidos, caso seja necessário, interrompendo a normalização da política monetária. Neste momento, os mercados já antecipam uma redução dos juros do BCE e não a expectativa anterior de uma subida em 2020.

Repetidamente, Mario Draghi disse na conferência de imprensa que o BCE está "determinado a agir sobre as contingências" que apareçam, acrescentando mesmo que a discussão tida nesta reunião mostrou que a política monetária "ainda tem espaço" para atingir o objetivo de inflação de próxima mas abaixo de 2%.

Contudo, o conselho de governadores não discutiu exatamente que "contigência" poderia levar à ativação de certo instrumento. Questionado sobre se o banco central está mais perto de uma subida de juros do que uma descida dos juros, o presidente do BCE foi direto: "Não". Aliás, foram vários os sinais que Draghi deixou aos mercados de que há margem de manobra, depois da decisão de política monetária ter sido recebida com ligeira deceção. 

Certo é que a poucos meses de abandonar o cargo, o presidente do BCE garantiu que não irá "admitir a derrota" no que toca ao alcance da meta de inflação que norteia a ação do banco central da Zona Euro. "Não nos vamos resignar", assegurou, mesmo admitindo que a incerteza será prolongada e que o aumento do protecionismo comercial veio para ficar. 

(Notícia atualizada às 14h47 com mais informação)
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