Notícia
Membros do BCE discutiram possível redução dos juros
A decisão de manter os juros foi unânime, mas já há membros do conselho de governadores do BCE a discutir uma redução.
O presidente do BCE, Mario Draghi, revelou esta quinta-feira, 6 de junho, que "vários membros do conselho de governadores referiram a possibilidade de corte de juros". Na conferência de imprensa, Draghi adiantou que a decisão de manter os juros intactos até ao final do primeiro semestre de 2020 foi unânime, mas houve pela primeira vez a discussão sobre outros cenários ainda mais expansionistas.
"Vários membros do conselho de governadores referiram a possibilidade de corte de juros, outros a possibilidade de recomeçar o programa de compra de ativos ou o prolongamento do 'forward guidance' (indicação sobre o futuro da política monetária)", afirmou Mario Draghi, referindo que esta é uma reflexão que só começou na reunião de política monetária de hoje.
Esta possibilidade tem vindo a ganhar mais força esta semana após as palavras do presidente da Fed, Jerome Powell, terem aberto a porta à descida dos juros nos Estados Unidos, caso seja necessário, interrompendo a normalização da política monetária. Neste momento, os mercados já antecipam uma redução dos juros do BCE e não a expectativa anterior de uma subida em 2020.
Contudo, o conselho de governadores não discutiu exatamente que "contigência" poderia levar à ativação de certo instrumento. Questionado sobre se o banco central está mais perto de uma subida de juros do que uma descida dos juros, o presidente do BCE foi direto: "Não". Aliás, foram vários os sinais que Draghi deixou aos mercados de que há margem de manobra, depois da decisão de política monetária ter sido recebida com ligeira deceção.
(Notícia atualizada às 14h47 com mais informação)
"Vários membros do conselho de governadores referiram a possibilidade de corte de juros, outros a possibilidade de recomeçar o programa de compra de ativos ou o prolongamento do 'forward guidance' (indicação sobre o futuro da política monetária)", afirmou Mario Draghi, referindo que esta é uma reflexão que só começou na reunião de política monetária de hoje.
Repetidamente, Mario Draghi disse na conferência de imprensa que o BCE está "determinado a agir sobre as contingências" que apareçam, acrescentando mesmo que a discussão tida nesta reunião mostrou que a política monetária "ainda tem espaço" para atingir o objetivo de inflação de próxima mas abaixo de 2%.Draghi: Several members of the Governing Council raised the possibility of rate cuts, others the possibility of restarting the APP or the extension of forward guidance
— European Central Bank (@ecb) 6 de junho de 2019
Contudo, o conselho de governadores não discutiu exatamente que "contigência" poderia levar à ativação de certo instrumento. Questionado sobre se o banco central está mais perto de uma subida de juros do que uma descida dos juros, o presidente do BCE foi direto: "Não". Aliás, foram vários os sinais que Draghi deixou aos mercados de que há margem de manobra, depois da decisão de política monetária ter sido recebida com ligeira deceção.
Certo é que a poucos meses de abandonar o cargo, o presidente do BCE garantiu que não irá "admitir a derrota" no que toca ao alcance da meta de inflação que norteia a ação do banco central da Zona Euro. "Não nos vamos resignar", assegurou, mesmo admitindo que a incerteza será prolongada e que o aumento do protecionismo comercial veio para ficar.Draghi: The policy space is there and if contingencies materialize we stand ready to act
— European Central Bank (@ecb) 6 de junho de 2019
(Notícia atualizada às 14h47 com mais informação)