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Comunidade internacional rejeita plano de Trump para "riviera do Médio Oriente" em Gaza

Os líderes palestinianos foram os mais enfáticos, ao falarem de "grave violação do direito internacional", mas a reação negativa foi geral. Um pouco por todo o mundo foi rejeitado o plano de reconstrução de Gaza pelos EUA, que implica o abandono dos palestinianos do seu território.

Reuters
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"Riviera do Médio Oriente". Foi assim que Donald Trump descreveu aquilo em que pretende tornar a Faixa de Gaza, um território onde se estima que mais de 90% das casas estejam destruídas. O novo Presidente norte-americano, antigo promotor imobiliário, diz que quer reinstalar os palestinianos noutros locais, ficando a cargo dos Estados Unidos a reconstrução de Gaza. O plano não foi bem recebido pela comunidade internacional.

A Arábia Saudita rejeitou por completo este ano, que implica uma saída permanente dos 2,2 milhões de palestinianos da Faixa de Gaza, enquanto a Turquia classificou a proposta como "inaceitável". França alertou para uma possível destabilização do Médio Oriente. Rússia, China, Espanha, Irlanda e Reino Unido disseram continuar a apoiar a solução de dois Estados.

Ao apresentar este plano para Gaza - onde mais de 47 mil pessoas morreram nos últimos 15 meses -, Trump deu mais pormenores: na faixa de 41 quilómetros quer construir um resort para ser usado pela comunidade internacional.

Os líderes palestinianos rejeitaram firmemente este projeto: "As declarações [de Trump] são agressivas para o nosso povo e para a nossa causa, não vão promover a estabilidade na região e só servirão para deitar achas à fogueira", afirmou o Hamas, que controla Gaza desde 2007. "Apelamos à administração dos EUA e ao Presidente Trump que se retratem destas declarações irresponsáveis. Apelamos à Liga Árabe, à Organização de Cooperação Islâmica e à ONU para que se reúnam com urgência e tomem uma posição firme e histórica que preserve os direitos nacionais do povo palestiniano", continuou.

Já Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana disse que a organização não permitirá "que os direitos do nosso povo, pelos quais lutámos durante décadas e fizemos grandes sacrifícios para os alcançar, sejam violados". "Estes apelos representam uma grave violação do direito internacional. A paz e a estabilidade não serão alcançadas na região sem a criação de um Estado palestiniano, baseado na solução de dois Estados", acrescentou.

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