Notícia
Renault vai "estudar com interesse" proposta de fusão com a Fiat
O conselho de administração da Renault decidiu esta segunda-feira "estudar com interesse" a proposta de fusão apresentada pelo grupo Fiat Chrysler, que daria origem ao terceiro maior grupo automóvel mundial.
A administração da Renautl, presidida por Jean-Dominique Senard, examinou a proposta feita pelo grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) que prevê uma fusão entre os dois fabricantes, criando uma nova empresa detida em partes iguais.
"Depois da análise dos termos da proposta da FCA, o conselho de administração da Renault decidiu pelo interesse de estudar a oportunidade da mesma em função do reforço do aparelho industrial do grupo Renault e da geração de valor para a aliança (que inclui as japonesas Nissan e Mitsubishi)", indica o comunicado.
"Informações adicionais serão dadas no momento oportuno para informar o mercado do resultado destas discussões e de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis", conclui o documento.
As "sinergias" alcançadas através da fusão resultariam numa poupança de custos superior a 5 mil milhões de euros por ano. Já os custos de implementação da fusão deverão fixar-se entre os 3 e os 4 mil milhões de euros, um valor que será compensado pelas poupanças conseguidas logo no primeiro ano. Assim, a partir do segundo ano, o resultado da operação já será positivo.
As ações da Renault seguiam a valorizar 15,1%, enquanto os títulos do grupo FCA subiam 11,2%.
O plano de fusão prevê também que a empresa resultante seja englobada numa holding holandesa e cotada nas bolsas de Milão, Paris e Nova Iorque. O atual chairman da Fiat Chrysler, John Elkann, ficaria com este mesmo cargo na nova empresa, enquanto o chairman da Renault, Jean-Dominique Senard, assumiria o cargo de presidente executivo, segundo avançaram à Reuters fontes ligadas ao processo. O conselho de administração contaria ainda com um representante da Nissan, atualmente parceira da Renault.