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Fiat e PSA já chegaram a acordo para criar quarto maior fabricante no mundo. Carlos Tavares é o CEO

Os fabricantes automóveis vão avançar com o acordo que têm vindo a preparar, e esperam ver concluída a fusão, o mais tardar, daqui a 15 meses.

18 de Dezembro de 2019 às 07:54
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A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e o grupo Peugeot SA (PSA) anunciaram, esta quarta-feira, 18 de dezembro, que chegaram a acordo para se unirem e formarem o quarto maior fabricante automóvel do mundo.

O acordo, como já havia sido avançado, trata-se de uma fusão em partes iguais que será liderada pelo atual CEO da PSA, o português Carlos Tavares (na foto). O presidente da Fiat, John Elkann, passa a presidente do conselho de administração do novo grupo. Este acordo consiste num Memorando de Entendimento vinculativo.

Em declarações aos jornalistas, Tavares afirmou que o novo grupo não espera entraves significativos da parte dos reguladores da concorrência. O grupo PSA diz ainda que os acionistas Exor, família Peugeot, Bpifrance e Dongfeng "comprometeram-se irrevogavelmente a votar a favor da transação das nas reuniõs de acionistas. 

A gestão prevê que o acordo esteja completo num prazo de 12 a 15 meses e que cada uma das empresas, PSA e Fiat, distribuam dividendos ordinários no valor de 1,1 mil milhões de euros em 2020. "Antes da conclusão da operação, a FCA irá distribuir aos seus acionistas um dividendo excecional de 5.500 milhões de euros, enquanto o Groupe PSA irá distribuir aos seus acionistas a sua participação de 46% na Faurecia", informa ainda a entidade.

Juntas, estas empresas passam a ter um valor de mercado de 46 mil milhões de euros, encaixando receitas de cerca de 170 mil milhões de dólares ao ano e tornando-se o terceiro maior fabricante no que toca ao volume de negócios, o quarto no que às unidades vendidas diz respeito. Estas quantias conduzem a que a nova marca ultrapasse concorrentes como a General Motors, a Ford e a Hyundai em valor, ficando apenas atrás da Volkswagen, Toyota e Renault Nissan.

Este negócio é a ponte de entrada da Peugeot na América do Norte, ao mesmo tempo que a Fiat beneficia de conhecimento no que toca à redução de emissões. Ainda assim, vão faltar "marcas premium" e uma "boa posição na China", disse um analista da B. Metzler Seel Sohn & Co. em declarações à Bloomberg.

Estas empresas estimam captar 3,7 mil milhões de euros em sinergias, anualmente, após a fusão. Isto, sem existirem planos de fechar fábricas.

Outra das vantagens apontadas no comunicado enviado à imprensa é a de o balanço combinado "robusto" e o "elevado" nível de liquidez garantirem flexibilidade financeira para cativação de taxas de crédito mais favoráveis. A entidade conta empenhar-se, a partir de agora, no desenvolvimento de soluções de mobilidade, nas cadeias de tração eletrificadas, condução autónoma e conectividade digital.

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