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PSA e Fiat Chrysler em conversações com vista a fusão

Os grupos automóveis PSA e Fiat Chrysler estão em conversações com vista a uma junção dos seus negócios, avançou a agência Dow Jones. A fusão pode criar uma gigante avaliada em 50 mil milhões de dólares. Segundo o Financial Times, Carlos Tavares seria o CEO do novo grupo.

29 de Outubro de 2019 às 18:41
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O grupo automóvel francês PSA - que engloba marcas como Peugeot, Citroën, DS e Opel - e a ítalo-americana Fiat Chrysler (FCA) estão em conversações com vista a uma fusão das suas atividades, avançou esta terça-feira a agência Dow Jones, citando fontes próximas do processo. Já o Financial Times refere, citando outras fontes, que Carlos Tavares, CEO da PSA, seria o presidente executivo da nova "gigante", enquanto John Elkann, da FCA, seria o "chairman".


A combinação dos negócios dos dois fabricantes pode criar um grupo automóvel avaliado em 50 mil milhões de dólares.

Esta não é a primeira vez que se fala de uma aproximação dos dois grupos. Em março passado foi avançado que estavam a ponderar a viabilidade de uma parceria para partilha de investimentos com vista à construção de carros na Europa.

A ideia era colaborarem numa "superplataforma" - que é a base para um modelo automóvel - para reduzir os seus custos de investimento na Europa, que é uma região altamente competitiva, revelaram algumas fontes à Bloomberg nessa altura, acrescentando que as negociações preliminares poderiam ser anunciadas no final do primeiro semestre deste ano.

Carlos Tavares afirmou em março que a sua empresa estava preparada para aproveitar oportunidades para crescer, menos de um ano depois de ter integrado as marcas Opel e Vauxhall, compradas à General Motors.

O CEO da FCA, Mike Manley, também falou nessa altura, tendo dito que "obviamente olharia" para um negócio que tornasse o fabricante ítalo-americano mais forte, incluindo alianças e fusões.

Qualquer eventual parceria vai incluir a partilha de investimentos nos carros elétricos, adiantaram então as mesmas fontes.

As negociações, contudo, foram abandonadas e o grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) tentou uma fusão com a francesa Renault. As reticências da Nissan, que tem uma aliança com a fabricante gaulesa, inviabilizaram a operação.

Na altura, Carlos Tavares criticou a proposta da FCA num memorando interno divulgado pela Bloomberg.
"A transação proposta pela Fiat Chrysler aparenta ser particularmente oportunista e largamente em benefício próprio", escreveu o gestor português. Tavares considerava ainda que "o valor de mercado da Renault explica em grande medida o interesse da Fiat na fusão. O negócio é uma aquisição virtual da Renault pela Fiat".

(notícia atualizada às 18:48)

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