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Grupo Lena recusa acusação e deverá avançar para abertura de instrução

O Grupo Lena contesta a acusação do Ministério Público e ressalva aquilo que chama de "diferença abissal" entre as suspeitas iniciais e o resultado final.

11 de Outubro de 2017 às 17:37
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O Grupo Lena admite que é "praticamente certo" que vai pedir a abertura da instrução do processo Operação Marquês, ou seja, não vai aceitar a ida para julgamento - em que é acusada - sem contestação.

 

"Vamos analisar, em conjunto com os nossos advogados, o teor da acusação deduzida, sendo praticamente certo que pediremos a abertura da instrução do processo", assinala um comunicado do grupo Lena emitido esta quarta-feira, 11 de Outubro, dia em que o Ministério Público deduziu acusação na Operação Marquês, em que José Sócrates é o principal arguido. Quer isto dizer que o tribunal de instrução irá analisar se faz sentido levar o grupo a julgamento. 

 

O grupo construtor tem várias das suas sociedades visadas entre as acusadas: a Lena SGPS (por dois crimes de corrupção activa e um de branqueamento de capitais), a Lena Engenharia e Construções SA (dois crimes de corrupção activa, três de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada) e ainda a Lena Engenharia e Construção SGPS (dois de corrupção activa e um de branqueamento de capitais).

 

"É convicção da comissão executiva do Grupo Lena, pelo conhecimento que tem dos factos, que não será possível provar em juízo nenhuma das acusações contra o Grupo Lena, na medida em que nenhuma delas corresponde à verdade, sendo apenas teorias da acusação, sem nenhuma prova que as sustente", continua a nota.

 

Em sua defesa, o grupo construtor evidencia a "diferença abissal entre as suspeitas tornadas públicas inicialmente e o teor da acusação agora produzida". Aliás, o comunicado diz que, agora, o grupo Lena tem apenas um "um papel residual nessa alegada teia de corrupção".

 

Segundo o comunicado da Procuradoria-Geral da República, José Sócrates, ainda como primeiro-ministro, "permitiu a obtenção, por parte do Grupo Lena, de benefícios comerciais", em troca dos quais Joaquim Barroca, ex-administrador, faria pagamentos que tinham o ex-líder do Executivo como destinatário final.

 

Antes mesmo de contestar as acusações, o comunicado do grupo Lena sublinha que "é da mais elementar justiça o arquivamento" do processo que diz respeito ao presidente executivo, Joaquim Paulo da Conceição, um dos três arguidos que não serão alvo de acusação.

"Nunca se percebeu, a não ser para melhor assegurar a sua defesa enquanto cidadão e profissional, a razão da constituição como arguido de Joaquim Paulo da Conceição, que na altura dos pretensos factos nem sequer exercia funções na holding do Grupo Lena," continua o comunicado da empresa.

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