Notícia
Operação Marquês pode dar origem a 15 novas investigações
O inquérito da Operação Marquês pode dar origem a 15 novos processos de outros âmbitos, revela o comunicado do Ministério Público, que mostra que os investigadores tiveram acesso a um vasto conjunto de informação.
O processo de acusação da Operação Marquês pode dar origem a 15 novas investigações, de acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira pelo Ministério Público, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates é acusado de 31 crimes.
"No total, o Ministério Público decidiu extrair 15 certidões, para posterior investigação em processo autónomo." A Procuradoria-Geral da República sinaliza que uma das certidões estará relacionada com o ex-presidente da Octapharma. "O Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, proferiu nove despachos de arquivamento, nomeadamente em relação ao arguidos João Abrantes Serra, Joaquim Paulo da Conceição e Paulo Lalanda e Castro. Todavia, no que a este último diz respeito foi extraída uma certidão para investigação de factos relativos a sociedades que controlava."
No comunicado, o Ministério público revela que teve acesso a bastante informação no âmbito das investigações da Operação Marquês.
"O despacho final [de acusação] tem mais de 4 mil páginas. Ao longo do inquérito foram efectuadas cerca de duas centenas de buscas, inquiridas mais de 200 testemunhas e recolhidos dados bancários sobre cerca de 500 contas, quer domiciliadas em Portugal quer no Estrangeiro. Foi igualmente recolhida vasta documentação quer em suporte de papel, quer digital."
O Ministério Público informou esta manhã que, no âmbito da Operação Marquês, deduziu 28 acusações; concretamente contra 19 pessoas singulares e 9 pessoas colectivas. José Sócrates, antigo primeiro-ministro, e Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, estão entre os acusados.