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Defesa de Sócrates: "Deste amontoado de papel, não restará folha sobre folha"

João Araújo não adianta se vai ser pedida a instrução da Operação Marquês. Mas ataca a acusação: "Os novos factos, tanto como os velhos, são falsos ou, se verdadeiros, nada têm que ver com José Sócrates".

11 de Outubro de 2017 às 20:53
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"Deste amontoado de papel, não restará folha sobre folha". A afirmação é de João Araújo, advogado de José Sócrates, em conferência de imprensa para reagir ao despacho de acusação do Ministério Público na Operação Marquês.


São perto de 4 mil páginas as que compõem o documento em que são imputados práticas que configuram 31 crimes ao ex-primeiro-ministro.

 

Na conferência de imprensa, João Araújo recusou responder se irá pedir a abertura de instrução. "É uma decisão que depende do conhecimento total da acusação", declarou, adiantando que, neste momento, ainda não conhece o documento para tomar essa decisão. 

 

Do que conhecem, os advogados de José Sócrates – que está acusado da prática de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 crimes de branqueamento de capitias, nove de falsificação de documento e três de fraude fiscal qualificada – têm uma certeza: "Os novos factos, tanto como os velhos, são falsos ou, se verdadeiros, nada têm que ver com José Sócrates". Aliás, trata-se de rescrever a história, defende João Araújo: "não se tratou de buscar a verdade, antes de procurar a incriminação".

 

Apesar do despacho de acusação ter saído, João Araújo considerou que "este é um bom momento" para ex-primeiro-ministro. "A partir de hoje, fica fixada a versão do Ministério Público", disse, acrescentando que não poderá ser ajustada a sua "narrativa" para cobrir as que vão caindo.

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