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Ministério Público: Sócrates quis "controlo pessoal e directo" da CGD

A acusação do Ministério Público defende que José Sócrates quis colocar uma pessoa de confiança na administração da Caixa Geral de Depósitos para satisfazer os seus interesses.

Bruno Simão
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José Sócrates quis assegurar o "controlo pessoal e directo" sobre a Caixa Geral de Depósitos a partir do momento em que assumiu o cargo de primeiro-ministro, segundo o despacho de acusação do Ministério Público na Operação Marquês.

A demissão da equipa de Vítor Martins e a nomeação de Armando Vara para administrador do banco público, em 2005, são  exemplos da ambição do ex-primeiro-ministro referida nas cerca de quatro mil páginas da acusação.

Diz o despacho que, após acordo com Sócrates, Vara "tomaria todas as decisões necessárias a lograr satisfazer a vontade e os interesses do arguido José Sócrates, ou de terceiros com quem estivesse conluiado".

Vale do Lobo é um dos casos em que a acusação vê a concretização dessa meta. Vara terá negociado contrapartidas com a equipa que queria comprar Vale do Lobo, liderada por Diogo Gaspar Ferreira, para conceder condições de financiamento pela CGD mais vantajosas.
Contrapartidas para si e para o ex-primeiro-ministro.

Vara e Sócrates são acusados, entre outros, de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político. Entre os acusados de corrupção activa de titular de cargo político estão os accionistas do empreendimento do Algarve Diogo Gaspar Ferreira e Rui Horta e Costa.

Com base nos financiamentos concedidos, o empreendimento tinha, em Março deste ano, dívidas de 309 milhões de euros por saldar junto da CGD.

Após a acusação do Ministério Público, a defesa de Sócrates veio falar em "vazio de factos e de provas".
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