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Pilotos garantem cumprimento da greve e dizem não estar contra a privatização da TAP

O sindicato dos pilotos da TAP responde ao Governo e ao conselho de administração da operadora aérea garantindo não estar contra a privatização, mas reconhecendo que "as razões da greve têm impacto na privatização". E a greve vai ser cumprida, garantem.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Abril de 2015 às 18:21
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A direcção do Sindicato dos Pilotos de Aviação (SPAC) emitiu esta quarta-feira, 29 de Abril, um comunicado onde afirma que o objectivo da greve anunciada para o período entre 1 e 10 de Maio "não tem nada que ver com a privatização" em curso da operadora aérea. "O SPAC não está contra a privatização da TAP", lê-se na nota enviada às redacções.

 

No entanto, o SPAC reconhece que a greve de 10 dias tem "impacto na privatização", dado que "estão em causa acordos que definem e regulam as relações entre empregador e empregado".

 

No dia em que cerca de 300 trabalhadores da TAP fizeram uma marcha silenciosa contra a greve decretada pelo sindicato dos pilotos, estes tomam como suas as reivindicações de todos os funcionários da empresa ao garantirem que "os pilotos e os trabalhadores do Grupo TAP estão cansados de pagar pelos erros que não são seus".

 

Mais adiante, o sindicato expõe as duas razões que servem de fundamento a esta greve: a continuação do acordo assinado em Dezembro, nas mesmas condições; e a resolução do Acordo de 1999 que previa que os pilotos acedam ao capital da empresa em caso de privatização.

 

Contrariamente ao que vem sendo vinculado pela imprensa, os pilotos asseguram também não estar em causa a retroactividade das diuturnidades", mas sim "a perpetuação da austeridade na esfera privada para financiar os lucros dos futuros investidores através dos prejuízos dos trabalhadores".  

 

Apesar de o Governo já ter repetido que o acordo assinado em Dezembro não está a ser cumprido pelos pilotos, o STAC atribui a "quebra sistemática dos compromissos assumidos no passado" ao Governo e à própria TAP, cuja administração "insulta a inteligência dos pilotos e da direcção", concluem.

 

No entender deste sindicato, requerer o pagamento das diuturnidades "é afinal legítimo", dado que a própria TAP propôs a 25 de Abril "o pagamento progressivo à razão de um vencimento por ano das cinco diuturnidades de 2025 até 2030".

 

Por fim, os pilotos asseguram que "este é um combate a que não podem fugir", ou seja, a greve decretada será para cumprir. 

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