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Fernando Pinto: Greve "prejudica o processo" de privatização
O presidente da TAP confirma que houve uma desistência no processo de privatização da TAP, mas rejeita que isso esteja relacionado com a greve, ainda que a greve prejudique a confiança dos investidores.
"Houve uma desistência [na privatização da TAP] mas não teve a ver" com a greve dos pilotos, afirmou Fernando Pinto, presidente da companhia aérea em conferência de imprensa. O responsável estaria a referir-se à Air Europa, companhia aérea detida pelo grupo espanhol Globalia, que desistiu de comprar a TAP, devido à elevada dívida da transportadora portuguesa e à impossibilidade de geri-la com "critérios privados". Esta notícia foi avançada no dia 15 de Abril.
"No momento actual não tivemos notícias de desistência por causa" da greve, acrescentou o presidente da TAP. Mas, admite, a greve "prejudica o processo, tira confiança dos investidores", acrescentou.
Fernando Pinto disse que se uma empresa que está a ser alvo de compra revela ter "características complexas, os interessados ficam mais preocupados" com todo o processo.
Os pilotos da TAP e da PGA agendaram greve para o período entre 1 e 10 de Maio, tendo o tribunal arbitral decretado serviços mínimos.
O presidente da companhia aérea já deixou claro que as negociações com os pilotos chegaram ao fim. Os pilotos acusam a TAP e o Governo de inflexibilidade para negociarem.