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"Não vejo interesse na TAP mudar com novas eleições em Portugal", defende Air France-KLM

CEO do grupo franco-neerlandês voltou a reiterar interesse na companhia aérea portuguesa, demore "mais seis, 12 ou 24 meses".

CEO não revela qual a percentagem em que o grupo está interessado, "até porque processo ainda não lançado" Miguel Baltazar
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A possibilidade de eleições em Portugal mantém-se um tema em permanente desenvolvimento, com vários dossiês em risco de serem adiados, nomeadamente a privatização da TAP. Contudo, o interesse do grupo Air France-KLM na companhia aérea portuguesa não parece ser afetado. 

"Não vejo o nosso interesse na TAP mudar com as novas eleições para formação de Governo em Portugal", vincou Benjamin Smith, CEO do grupo de aviação. 

Ben Smith deixou claro, em conferência de imprensa dos resultados anuais do grupo esta quinta-feira, 6 de março, que a Air France-KLM já deu garantias ao Governo português de ter condições necessárias para corresponder ao pretendido com a privatização da TAP e de ter uma estratégia focada em parcerias. 

Depois da apresentação, e durante as perguntas dos jornalistas, Ben Smith voltou a reiterar o "forte interesse" na companhia área de bandeira portuguesa, referindo que "não é novidade". 

Para já, as discussões com o Executivo de Luís Montenegro têm sido positivas, tendo-se aproximado na última semana durante a visita do presidente francês a Lisboa e ao Porto, quando Emmanuel Macron desejou que os dois devem encontrar "uma forma inovadora de casamento". Ainda assim, o CEO lembrou que "o processo oficial ainda não começou e depende sempre do Governo português". 

Sobre uma potencial participação preferencial, uma vez que a visão do Executivo é privatizar 100% mas a oposição defende uma minoria, Ben Smith diz que o grupo está aberto a analisar o processo de privatização quando este for lançado, assumindo um "forte interesse em traçar uma parceria".

Tudo indica que o Governo receba as avaliações da TAP a 17 de março, que dará ao Executivo mais bases para lançar o processo de privatização, nomeadamente a percentagem da companhia a privatizar e o valor que deve pedir pela mesma. 

Passageiros crescem e quarto trimestre encerra positivo

As receitas do grupo Air France-KLM encerraram 2024 com um crescimento de 4,8% para 31,5 mil milhões de euros. Este desempenho foi impulsionado pelo aumento da capacidade de 3,6%, que permitiu à companhia aérea transportar mais de 97 milhões de passageiros. 

Os proveitos do quarto trimestre de 2024 registaram um aumento de 6,4% para 7,9 mil milhões. Contudo, este resultado no último trimestre não foi suficiente para impulsionar o lucro operacional do grupo aeronáutico, tendo registado uma quebra de 6,4% para 1,6 mil milhões de euros. 

No ano passado, os custos com salários aumentaram 7,3% para 6,7 mil milhões de euros.

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