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Renault apresenta “plano técnico” para resolver emissões poluentes

Deverá chegar nas próximas semanas, respondendo às exigências do Governo francês. Para esta segunda-feira, está marcada uma audição da empresa junto da comissão técnica que investiga o caso.

18 de Janeiro de 2016 às 13:28
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França exigiu e a Renault vai cumprir. A fabricante automóvel vai apresentar, nas próximas semanas, um "plano técnico" para reduzir os níveis de emissões de óxido de azoto (NOx) nos seus veículos.

"Estamos a trabalhar num plano técnico que deverá permitir reduzir as emissões", informou esta segunda-feira, 18 de Janeiro, o director de vendas da Renault, Thierry Koskas.


O objectivo passa por reduzir as diferenças registadas nos níveis de emissões nos testes em laboratório e durante a condução em estrada. O Renault Captur é um dos modelos afectados, podendo emitir cinco vezes mais NOx do que o permitido por lei.


"A Renault não fez batota", acrescentou o responsável. E tudo aponta nesse sentido: na semana passada, a ministra do Ambiente francesa Ségolène Royal confirmou que esta discrepância nas emissões não resultou de uma acção intencional da Renault. Também a empresa negou a existência de qualquer dispositivo manipulador.


Todavia, os responsáveis da Renault serão ouvidos esta segunda-feira, 18 de Fevereiro, pela comissão técnica independente criada depois da eclosão do escândalo Volkswagen em Setembro de 2015. A Comissão Royal está a testar uma centena de modelos automóveis de diferentes marcas.


Nesse sentido, as instalações da Renault foram alvo de buscas das autoridades antifraude do Governo francês a 7 de Janeiro. O episódio só viria a ser conhecido uma semana depois, levando as acções da fabricante a caírem mais de 20%.


A ministra Ségolène Royal veio depois exigir que a Renault tomasse acções para reduzir os níveis de emissões acima do permitido. "Sem esperar as conclusões [da comissão técnica independente], a Renault tem de reagir imediatamente para ajustar os seus motores às normas", posicionou ao Le Parisien.


O Governo francês anunciou também que não irá avançar com o seu plano de redução da posição que detém na estrutura accionista da Renault. No último ano, o Executivo aumentou para 20% o seu peso na empresa, de modo a garantir o dobro dos direitos de voto.


A Renault vendeu 2,8 milhões de carros no ano passado em todo o mundo, conquistando uma subida homóloga de 3,3%, apoiada no mercado europeu. Aí, Espanha, Reino Unido e Itália registaram os crescimentos mais acentuados.


A fabricante espera que 2016 siga a tendência, crescendo entre um e dois por cento. Este ano, a Renault tem prevista uma dezena de novidades, entre lançamentos e renovações de veículos.


O limite das emissões dos automóveis em condições reais de condução é um dos temas a marcar presença no primeiro dia de plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França. O assunto ganhou destaque depois do escândalo Volkswagen. O grupo alemão admitiu ter manipulado os níveis de emissões NOx em 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo.

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